Spinoza dança frevo ou toca viola caipira?
Por Reinaldo Azevedo
Vocês se lembram daquele meu post sobre uma prova aplicada na Universidade Federal de Pernambuco? Aquela, que, entre outras graças, atribuía Grande Sertão Veredas a Graciliano Ramos? Então. Um certo Inácio (quem?) Strieder, coordenador do curso de Filosofia da UFPE, resolveu me agredir num artigo publicado hoje no Jornal do Commércio, de Recife. Ao fim de tudo, republico meu comentário original para quem não acompanhou a polêmica.
Vejam só. Escrevi o texto no dia 21 de março. A prova houvera sido realizada, parece-me, no dia 12. O valentão teve de esperar até o dia 4 de abril para articular uma resposta, cuja indigência intelectual é compatível com a prova que ele aplica. É coordenador do curso? Suponho, então, que leu antes o exame — ou nem isso? Leu e achou que estava bom. Deveria pedir demissão. Em vez disso, defende o erro com aquela retórica típica do vitimismo triunfante. Abaixo, reproduzo em vermelho o texto do rapaz, entremeado de comentários meus, em azul. Inácio Strieder é doutor em Teologia pela Universidade de Münster, na Alemanha. Está provado que a língua não faz o monge. Para alguns, é impossível filosofar até em alemão. O texto dele se chama “Sobre pulgas e elefantes”.