Site do MEC privilegia autores de esquerda

Reportagem do jornal O Globo, edição de 20 de dezembro de 2004.

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Dos 166 títulos que compõem a seção de ciências sociais, 86 são sobre ou de intelectuais de esquerda

Gustavo Alves

Um espectro ronda a seção de ciências sociais do site “Domínio Público”, criado pelo Ministério da Educação para dar acesso grátis a textos, imagens e músicas consideradas clássicos da cultura – o espectro do esquerdismo, que Vladimir Lênin definiu como “a doença infantil do comunismo”. Dos 166 títulos que compõem esta parte da biblioteca, 86 são sobre ou de intelectuais de esquerda. Autores considerados clássicos da ciência política que defendem idéias de outras correntes políticas não estão presentes.

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A redação do Poder

Editorial da Folha de São Paulo, edição de 5 de setembro de 2004.

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Na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2004, pela primeira vez na história recente, o governo orientou o conteúdo político de uma atividade escolar. O Ministério da Educação nega, mas a evidência é contundente.

No momento em que o governo patrocina o polêmico projeto do Conselho Federal de Jornalismo (CFJ) e Lula e seus ministros denunciam o “denuncismo”, os jovens estudantes foram solicitados a dissertar sobre o tema “Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação?”. O suporte para a redação era constituído por uma charge, na qual a TV transfigura-se em lata de lixo, um extrato de texto sobre os programas sensacionalistas, dois extratos favoráveis à auto-regulamentação da mídia e os incisos do artigo 5º da Constituição que proíbem a censura e asseguram a proteção à vida privada e imagem das pessoas.

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Madraçais do MST

Reportagem publicada na revista Veja, edição de 8 de setembro de 2004.

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Assim como os internatos muçulmanos, as escolas dos sem-terra ensinam o ódio e instigam a revolução. Os infiéis, no caso,somos todos nós

Monica Weinberg

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) criou sua própria versão das madraçais – os internatos religiosos muçulmanos em que crianças aprendem a recitar o Corão e dar a vida em nome do Islã. Nas 1.800 escolas instaladas em acampamentos e assentamentos do MST, crianças entre 7 e 14 anos de idade aprendem a defender o socialismo, a “desenvolver a consciência revolucionária” e a cultuar personalidades do comunismo como Karl Marx, Ho Chi Minh e Che Guevara. “Sem-terrinha em ação, pra fazer a revolução!”, gritam os alunos, de mãos dadas, ao final de eventos e apresentações. Pelo menos 1.000 dessas escolas são reconhecidas pelos conselhos estaduais de educação – o que significa que têm status idêntico a qualquer outro estabelecimento de ensino da rede pública e que seus professores são pagos com dinheiro do contribuinte. Elas nasceram informais, fruto da necessidade de alfabetizar e educar os filhos de militantes do movimento – que chegam a ficar durante anos acampados nas fazendas que invadem, à espera da desapropriação. No fim dos anos 80, atendendo a uma reivindicação do MST, o governo passou a integrar essas escolas improvisadas à rede pública. Parte delas funciona nas antigas sedes das fazendas invadidas, parte foi construída pelos Estados e municípios. Ao todo, as escolas do MST abrigam 160.000 alunos e empregam 4.000 professores.

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As universidades ameaçadas

Editorial do jornal “O Estado de São Paulo”, edição de 16 de maio de 2004.

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Há método nas sandices que o governo federal está propondo para o ensino superior. Mas todas têm um viés político-ideológico que, a pretexto de “democratizar” as universidades, consideradas elitistas pelos ideólogos do PT — como se pudessem ser outra coisa as instituições onde se aprimora o conhecimento —, tem o objetivo maldisfarçado de submetê-las ao “participacionismo”, que é a variedade petista do socialismo populista mais retrógrado.

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MST planeja ter universidade própria no RS

Matéria publicada no jornal Zero Hora, edição de 16 de maio de 2004.

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HUMBERTO TREZZI/ ZERO HORA 

Além de conquistar mais assentamentos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se dedica a outro objetivo no Rio Grande do Sul: ter a própria universidade. A decisão definitiva sobre o local ainda não está tomada, mas os líderes apostam em Veranópolis como sede da Universidade dos Sem-Terra. A cidade serrana, a 130 quilômetros de Porto Alegre, já abriga um colégio técnico secundário dedicado à formação de ativistas do MST, a Escola Josué de Castro.

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