Debate sobre doutrinação ideológica na revista Época (outubro/2007) – 1ª parte

O que estão ensinando para as nossas crianças?

Boa parte dos livros didáticos usados nas salas de aula brasileiras apresenta distorções ideológicas. Uma das principais falhas é apresentar apenas um lado restrito da realidade, como mostra a reportagem de ÉPOCA, que analisou vários livros e cartilhas. Entenda por que esses problemas existem e de que forma eles comprometem a educação dos jovens.

COMENTÁRIOS

1. Por que TODAS as experiencias socialista fracassaram?

Por que contrariam a NATUREZA HUMANA.

O Homem é um animal que avalia ( Aristoteles_)

A razão compara, escolhe, prefere o melhor, seja mercadoria, informação, serviço, etc.

Desde o mercado, às amizades e namoro. O ideal da igualdade não se fundamenta.

Somos diferentes em mérito, produtividade, competencia. E escolhemos o melhor, do esporte à música, aos p´rofissionais. FRATERNIDADE sim, é ideal cristão.

A diferença é que não pode ser coercitivo, só poderá ser livre e espontaneo.

O ideal da igualdade sempre foi pretexto de quem só quer o poder. Querem uma massa uniforme e obediente.

Nelson Lehmann

Professor

Nelson Lehmann | E – mail | 20/10/07 16:00:36

2. Sou professor de Geografia e História e não entendi a “poêmica” do livro didático criado por Época. Na verdade não há verdade absoluta em nenhum livro didático, seja seu autor de esquerda ou de direita. Quem escreve, escreva sua versão para a História. Essa “polêmica” toda é por causa de um determinado livro “dito de esqueda”? E quanto aos milhares de livros didático cujos autores são declaradamente de direita e tem verdadeiro pavor à esquerda? Não vi nenhuma “polêmica” a esse respeito.

Essa “polêmica” foi fabricada por outros interesses, que é a fabulosa fortuna que representa o mercado do livro didático. E isso não é uma visão escandalosamente capitalista?

20/10/07 23:09:54

3. Sou assinante de época, mas ainda não recebi minha revista (hoje é sábado e são 22:32h). Mas pela capa dessa semana, que está no site, a pergunta deveria ser: O que estão ensinando aos nossos redatores. É inconcebível que haja um erro gritante desse numa capa de revista : O que estão ensinando “A” nossas crianças? ou deveria ser “ÀS” nossas crianças? É imperdoável!!!

20/10/07 23:37:07

4. É um crime o que está sendo feito pelo Ministério da Educação a respeito da edição de livros comunistas a serem distribuidos na rede pública de ensino. Tem alguns que falam que Caxias foi o maior assassino da história. Gente, isso é crime

21/10/07 11:25:13

5. O ponto da questão é o seguinte…POR ACASO, O EDITOR-CHEFE “PRETENDE” ESCOLHER OS LIVROS DIDÁTICOS, NO LUGAR DOS PROFESSORES…”ISTO É CENSURA”…”CERCEAMENTO DE LIBERDADE”…”INGERÊNCIA PROFISSIONAL”…COMO É PRETENCIOSO! Escolha a sua pauta, e “torça” para que alguém se interesse em lê-la!…

21/10/07 17:50:59

6. Apesar da Constituição assegurar o direito do aluno ao pluralismo de idéias, o historiador Luis Koshiba (autor do livro que o garoto da foto lê)afirma, textualmente, em seu livro “História – Origens, Estruturas e Processos:

“O homem é o conjunto de suas relações sociais. Podemos estudar uma sociedade tomando como base qualquer uma destas relações. A maioria dos historiadores [de orientação marxista, o que Koshiba não escreve], costuma dar muita importância às relações que os homens estabelecem para produzir bens e serviços necessários à sobrevivência da sociedade, o que os faz colocar o trabalho e o trabalhador (o autor usa o itálico para destacar as palavras trabalho e trabalhador) no centro da História.

Este livro segue a concepção desses historiadores”.

Ou seja, Koshiba avisa que faz uma análise marxista da História, mas tem a precaução de não citar Karl Marx, que definiu assim o ser humano: “O homem é um animal que trabalha”! Os livros de Koshiba são marxismo puro, da primeira à última página.

22/10/07 17:23:41

7. O comentarista N.º 2 está totalmente equivocado.

Milhares de livros de direita? Onde ele viu isso?

Absolutamente TODOS os livros didáticos são de esquerda sim. Não só os de história e geografia, mas também de sociologia (matéria que eu leciono e vejo que os três livros mais recentes – Cristina Costa, Pérsio e Nelson Tomazzi), filosofia, literatura e até mesmo matemática.

Messias | E – mail | 22/10/07 20:56:00

8. Estou preocupado…acho que esqueci regras de ortografia. A manchete da capa não teria que ser: “O que estão ensinando às nossas crianças”?… pelo que sei a crase seria facultativa (antes de pronome possessivo)…mas o plural continua sendo plural.

Prefiro não comentar a matéria…fiquei com receio…

Sérgio | E – mail | 22/10/07 21:32:22

9. o polemica mercadologica, tudo em nome do mercado. A História sempre foi ideologica, até a neutralidade é uma posição ideologica. Essa polemica se deve a raiva de uma editora ligada ao grupo globo por não ter uma fatia gorda do mercado, ai denigrem o livro do Mario Scmidt que o campeão de venda. Tudo em nome do capital. Respeitem a decisão dos professores caros jornalistas.

cristiano | E – mail | 23/10/07 01:06:26

10. A base de toda democracia é a pluralidade de idéias, e um direito constitucionalmente protegido é o “direito de resposta”, portanto, talvez a revista ÉPOCA deva dar a chance dos professores e demais envolvidos se defenderem ou expor suas opiniões, tudo em prol do contraditório e da ampla defesa.

Sou da área jurídica e, nesta área, mais que em qualquer outra, existem diversas correntes de entendimento sobre quase todos os assuntos, entretanto, todas elas são apresentadas na faculdade, cabendo ao aluno, futuro operador do direito, interpretá-las e escolher aquela que lhe seja mais justa ou até mesmo oportuna para cada ocasião. Por que não fazer o mesmo com os livros didáticos? Bastaria o MEC estabelecer regras para que todos os entendimento existentes fossem apresentados no livros didáticos, em que pese a opinião do autor ser contrária às demais correntes apresentadas. A solução existe, só depende de vontade política e pedagógica para tanto, mas aí, indaga-se:”Quais serão os verdadeiros interesses envolvidos?

Rodrigo | E – mail | 23/10/07 10:14:50

11. O mais absurdo nisso tudo é que a revista tem a pretensão de, no final do comentário sobre alguns temas, dizer O QUE FALTA. Nesse caso, é só “acrescentar” o que falta

23/10/07 19:27:16

12. O que, afinal, é desprovido de ideologia? Uma palavra, um texto, uma imagem, um gesto… O ser humano é essencialmente ideológico. O que precisa ser evitado é o panfletarismo — tanto de esquerda quanto de direita—, o que é bem diferente. Se os tão cruxificados livros tivessem esse poder magnífico de mover uma pessoa para este ou aquele ideal, principalmente os de História, já teriamos presenciado uma revolução comunista. Ou viveríamos em uma sociedade onde os ideais da Revolução Francesa vigorassem. O que não acontece. Será efeito contrário? Psicologia inversa?

Pensemos no real motivo dessa onda de contestações… e deixemos de politicagem barata.

Sophia | 24/10/07 08:37:30

13. Leiam a resposta na Carta Capital, edição nº 464, que não é assim tããão reacionária quanto a Época…

B. | E – mail | 24/10/07 12:25:40

14. Sou professor de química e antes de colocar o que penso, gostaria de fazer duas observações: 1) me desculpem por possíveis erros ortográficos, concordância verbal e/ou nominal, enfim, as vezes (ou às vezes?) cometo erros primários… 2) fico muito triste em verificar que o debate travado neste blog, tornou-se um debate político e não um debate de como anda o ensino de nossas crianças, adolescentes e universitários; não quero direcionar minhas palavras ao debate político e sim para o debate de como anda a educação em nosso país, até acho válida esta discussão, mas não quero entrar neste mérito. Penso que independentemente da idéia ou posição ideológica do autor de um livro didático, o professor em sala de aula deve “provocar” os alunos a expressar opiniões sobre o assunto e conduzir isso de forma democrática respeitando todas as opiniões. Andrei

24/10/07 15:35:01

15. Sou estudante,terceiro ano do ensino médio e ao ler a reportagem sobre os livros didáticos,acredito que não deve ser coniderado um problema. É necessário haver críticas,pois somete após dela a criança ou o jovem irão compreender os problemas que gera sobre o mundo atual.

izabela | E – mail | 24/10/07 17:01:43

16. É frustante saber que o problema do livro didático é que nele possui críticas ao sistema capitalista. Pois além de vivermos num país democrático realmente ele é desigual.

Concordo que não deve haver um mundo dividido entre vítimas ou coitados, porém uma pessoa que vive na periferia ao lado de um condomíniode luxo, vai aceitar a idéia de que há a mesma oportunidades a todos? ou então dizer que nações ricas estão abrindo mercado para países pobres, sendo que os EUA estão fazendo um muro para que não entrem imigrantes.

os livros devem sim,conter críticas e trazer ainda mais informaçoes, pois muitos assuntos são omitidos pela mídia.

vox | E – mail | 24/10/07 17:16:25

17. Concordo que os livros nao devam tratar as questoes apenas por um viés maniqueísta, mas também nao sejamos ingenuos ao tratar as recentes reportagens sobre livros didáticos apenas por um problema da esquerdizaçao dos autores. Há uma logica mercadológica e interesses de outras grandes editoras internacionais que estáo chegando ao país que nao foi contemplada na reportagem. Para nao falar das próprias condiçoes atuais de nossa educaçao. Como a propria reportagem analisou nenhum livro é 100%, mas porque essa caça às bruxas agora? Por que criticar tao duramente um livro, e duas disciplinas História e geografia, sem ao menos considerar os avanços que livros como História Temática trazem em termos teorico e metodológicos. Conhecimentos inovadores que em alguns casos superam o maniqueísmo alegado. Se a crítica foi tao dura para um livro bem conceituado o que dizer das apostilas e outros livros que ainda trazem uma visao ultra-tradicional de História…A muito que se mudar no ensino, a começar pela valorizaçao prof

24/10/07 21:29:42

18. Não “entendo” o interesse da revista Época em continuar batendo tanto nessa tecla à respeito dos livros de História e Geografia que vem sendo ensinado nas escolas, é importante que saibamos que o capitalismo gera sim enorme desigualdade social e porque que ao tentarmos fazer uma crítica à ele não tem legitimidade? Será que é porque não estão de acordo com os interesses da minoria dominante, pois não é conveniente para quem esta no poder permitir que o povo reflita acerca da realidade para tentar transformá-la,pois o conveniente é que continuemos alienados, porém os mesmo também são, mas estão em uma posição mais confortável. Percebe-se então como o capitalismo reforça isso ao eximer-se de toda culpa do seu sistema culpando apenas o indivíduo pela sua condição social desfavorável, pois se alguns ascendem socialmente, pode-se concluir que todos também poderão, só depende da iniciativa de cada um, pois vivemos em um país “democrático” e por isso todos podem entrar no jogo desde que não modifiquemos as regras.

Julia Molina | E – mail | 25/10/07 20:25:10

19. Concordo plenamente com o Profesor LEHMANN cujos artigos leio regularmente em O GLOBO.

A unica forma atraves da qual o socialismo conseguiu se manifestar foi o TOTALITARISMO!!!!!

Juntamente com o NAZISMO( QUE POR SINAL TAMBEM SE AUTO DENOMINAVA SOCIALISTA) se constituiram na grande tragedia do seculo XX pois a depravaçao genocida dos regimes que se diziam marxistas-leninistas , em nada ficava a dever ao nacional socialismo de Adolf Hitler!!!!!!!!!!!

Com todos os seus defeitos ,que viva ocapitalismo com DEMOCRACIA!!!!!!!!!

ESQUERDA NUNCA MAIS!!!!! ( NAO E LULA ?????)

28/10/07 03:26:22

20/10/2007

O papel do professor

“O professor deve atuar em sala de aula como o intelectual dirigente e orgânico”. Cabe aos educadores, “conquistar o lugar de intelectual dirigente e colaborar para a organização popular na sua luta por uma nova ordem social e econômica”. Para isso, é necessário ultrapassar o “estágio romântico da consciência do professor”, caracterizado pela idéia de “vocação”, pelo “entusiasmo pela educação” e pela “crença no valor da ciência e do saber”. É fundamental que o professor se conscientize de sua condição de “trabalhador do ensino”. A partir desse momento, os professores “se organizam, se sindicalizam, provocam lutas massivas e fornecem um número elevado de militantes aos partidos de esquerda”. Tomam consciência de ser “militantes de uma causa política, partícipes de uma nova insurreição, à qual deveriam dedicar-se com mística revolucionária que não é outra coisa senão um amor interno e profundo para com as massas exploradas e dominadas no passado”. A consciência política, “imprescindível para que o conhecimento seja científica e tecnicamente organizado segundo os interesses populares”, “é o objetivo máximo de toda a formação do professor”.

O texto acima é um resumo das idéias defendidas pelo Prof. Jefferson Ildefonso da Silva, doutor em educação pela PUC/SP, num artigo extraído do site da Universidade Federal do Mato Grosso e publicado na seção “Corpo de Delito” do www.escolasempartido.org.

O texto abaixo é o resumo de uma tese de doutorado sobre Ensino de Ciências e Matemática, defendida em maio deste ano, na Faculdade de Educação da USP por Benerval Pinheiro dos Santos, com o título “Paulo Freire e Ubiratan D’Ambrosio: contribuições para a formação do professor de matemática no Brasil”:

“Nossa investigação é uma pesquisa teórica de cunho histórico-filosófico-educacional, que tem como objetivo principal discutir as contribuições de Paulo Freire e de Ubiratan D’Ambrosio para a formação do professor de matemática no Brasil. A dialética e as técnicas de análise de conteúdo constituem a metodologia adotada. Desse modo, nos impusemos como tarefa analisar a formação do professor de matemática de modo contextualizado com a nossa realidade social atual e reconstituindo a função histórica que a nossa escola e a formação docente desempenharam como reforçadora das desigualdades sociais e mantenedoras do status quo da sociedade capitalista.

No levantamento histórico, utilizamos as contribuições de G. Freyre, S. B. de Holanda, C. Prado Júnior, L. Basbaum, C. Furtado, F. de Azevedo, J. K. Galbraith, O. de O. Romanelli, A. Teixeira, entre outros. E, em nossa análise, nos valemos das contribuições de K. Marx, F. Engels, A. Gramsci, M. Chauí, L. Althusser, J. Contreras, O. Skovsmose A. Ponce, M. Gadotti, K. Kosik e outros referenciais próprios da área.

A formação do professor de matemática é vista como resultado de um processo histórico-cultural que mantém ainda uma forte herança de elementos de uma sociedade colonial, corroborado pela não participação democrática do povo brasileiro em seu processo de constituição sócio-cultural numa sociedade capitalista e excludente.

E o trabalho demonstra que os atuais processos de formação de professor de matemática ainda são fortemente sedimentados numa formação alienada aos ditames de uma sociedade de classes, que não permite ao futuro professor compreender e fazer uso da necessária autonomia inerente à sua atuação, o que o faz atuar como um intelectual orgânico a serviço da consolidação da hegemonia da classe dominante.

Nesse sentido, os constructos teóricos de P. Freire e de U. D’Ambrosio mostram-se como indicadores de encaminhamentos possíveis no processo de formação de um professor de matemática crítico/libertador e, por isso, consciente de sua tarefa como agente ativo na formação de um educando não especialista em matemática, mas inserido em sua realidade social como um sujeito transformador e em transformação, que encontra na matemática uma ferramenta para o processo dialético de sua própria construção.

Assim, a investigação indica a necessidade de uma atuação dos formadores no sentido de conscientizar os futuros professores de matemática de sua tarefa como intelectuais orgânicos a serviço da construção da hegemonia dos excluídos, dos explorados em geral. Ou seja, a investigação aponta a necessidade de a formação inicial se constituir como um antidiscurso ao discurso ideológico da classe dominante.”

Os dois textos são uma amostra do que se ensina e do que se aprende, hoje, nas faculdades de educação brasileiras. É daí que saem os “intelectuais orgânicos a serviço da hegemonia dos excluídos” que vão escrever, depois avaliar e finalmente escolher – segundo o processo estabelecido pelo PNLD e pelo PNLEM – as cartilhas ideológicas que o MEC chama de livros didáticos. Parecem vários indivíduos, mas na verdade são um só, já que pensam com a mesma cabeça.

Isso mostra que a contaminação ideológica dos livros didáticos, embora seja um problema gravíssimo, é apenas a ponta de um imenso iceberg, a extremidade visível e relativamente diminuta de um gigantesco plano de ação arquitetado por pensadores e educadores de esquerda.

O sistema de ensino brasileiro, da pré-escola (acreditem) à universidade, é um corpo tomado pela septicemia ideológica. Livros como o de Mário Schmidt são pequenos abscessos que aparecem na superfície desse corpo.

Fico imensamente feliz de que este assunto esteja começando a ser debatido pela sociedade brasileira.

Parabéns ao jornalista Ali Kamel, ao jornal O Globo e à revista ÉPOCA por promoverem esse debate.

(Miguel Nagib)

COMENTÁRIOS

1. O doutorando tem o direito de consultar o autor que quiser para fazer a sua tese, e não ficar submetido a nenhum Index que proíba ou obrigue a que ele adote qualquer autor. A tentativa de interditar os autores marxistas na educação brasileira é incompatível com a liberdade acadêmica, e os defensores da interdição são discípulos de Alí Kamel e seus colegas simpatizantes da Opus Dei, que certamente queimariam na fogueira não apenas os livros de pensadores de esquerda, como os próprios intelectuais.Época virou um antro de obscurantismo,e vai perder muitos leitores por isto.

marcosomag | E – mail | 20/10/07 07:47:30

2. Infelizmente como ja foi mostrado nossos livros de história estão infectados de mentiras, todas sempre favóraveis a regimes comunistas e totálitarios. Isso é uma grande lástima, os livros devem relatar os fatos históricos ao máximo e não defender regimes totálitarios.

Edgar | E – mail | 20/10/07 09:46:39

3. “liberdade acadêmica” só com um dos lados sendo apresentados??? Chega de ideologia esquerdista nos livros didáticos!

Fredy | E – mail | 20/10/07 10:01:56

4. É claro que o doutorando tem o direito de consultar o autor que quiser para fazer sua tese, mas deveria consultar autores de todas as correntes e não apenas de uma só. Afinal, cadê o pluralismo? Em todo o caso, não é esse o cerne da questão. O problema é que nas universidades brasileiras os estudantes são adestrados para agir como arregimentadores de militantes para os partidos de esquerda, especialmente para o PT, ou, pelo menos, moldar o imaginário de seus alunos de forma a que passem a pensar com “cabeça de esquerdistas”, demonizando o capitalismo, o empresário, a propriedade privada, vendo o indivíduo apenas como um instrumento para a “construção de uma sociedade mais justa”, ridicularizando as tradições religiosas, e outras coisinhas mais que todos nós já estamos cansados de saber. Acho que a sociedade brasileira está farta de tudo isso e somente agora está começando a entender que é vítima desse processo asqueroso de doutrinação a que a esquerda vem submetendo o país há pelo menos 30 anos.

ruth kicis | E – mail | 20/10/07 10:11:53

5. Suponhamos que um professor ou um livro didático defendessem o nazismo, ou o fascismo, ou alguma forma de terrorismo ou fundamentalismo religioso. A reação viria, imediata, de todos os lados, e não haveria pluralismo acadêmico, ou liberdade de pensamento que fosse aceito como argumento para justificar a defesa dessas idéias em sala de aula. No entanto, quando se trata de comunismo, um flagelo muito mais terrível do que todos eles juntos, as coisas se passam ao contrário. E o pluralismo é invocado para abrir as portas aos inimigos da democracia, das liberdades públicas, dos direitos humanos, do estado de direito, e por aí afora. Convenhamos! Se rasparmos a casquinha açucarada, composta pela conversa fiada da igualdade e da justiça, o que se resta é veneno puro contra esses mesmos valores e contra todos os outros que precisam e devem ser cultivados no ambiente educacional.

Percival Puggina

Percival Puggina | E – mail | Homepage | 20/10/07 10:52:23

6. Sr. Edgar: o doutorando pode de fato, consultar os livros que quiser para fazer sua tese. Dai, querer covardemente, enfiar na cabeça de nossas crianças o que lhe convém, vai uma grande diferença.O Senhor me faz lembrar o professor de um colegio em Brasilia que comparou che guevara com São Francisco de Assis.

20/10/07 11:22:32

7. Existe realmente uma doutrina partidario-tendenciosa nas escolas da atualidade.

E bastante desatualizada.

Os professores deveriam mostrar os fatos do passado e da atualidade, para avaliação, abstendo-se de opinião própria, a fim de realmente contribuir para a formação do pensamento livre de seus alunos.

Infelizmente.. não é o que acontece…

O direcionamento e a ausência de outras fontes de informação transformam a nova geração em autômatos em série, tolhendo-lhes, assim, a individualidade.

20/10/07 12:05:53

8. Sem dúvida, as escolas estão sendo instrumentalizadas por idéias partidárias. O PT está se aproveitando das brechas.

Abs.

Delsio | E – mail | 20/10/07 13:24:32

9. Acho que qualquer pessoa insensivel ao ridiculo da ideia de que ate mesmo o ensino de matematica deva ser ideologicamente orientado pelo programa intelectual da esquerda esta alucinado. O estado da educacao no Brasil so chegou ao ponto que chegou porque hoje nao se pode mais, com poucas excessoes entrar numa sala de aula sem que a primeira preocupacao seja a indoutrinacao ideologica e depois, num distante segundo lugar, o ensino de uma disciplina. As faculdades formam cada vez mais ideologos e cada vez menos professores. Forma falsificadores nao so da Historia como da Geografia, da Matematica, da Literatura, e assim por diante. Enquanto vitima da doutrinacao ideologica ja me vi nos bancos da USP defendendo e aplaudindo Lula e seus comparsas. Hoje me envergonho disso, mas vejo que a culpa nao foi toda minha. Espero que as proximas geracoes nao caiam nesse mesmo conto porque nos nao fomos capazes de corrigir a corrupcao intelectual que nos tem assaltado e cujos frutos sao podres ate o caroco.

Tiago Ramos | E – mail | 20/10/07 13:44:51

10. Essa discussão é mesmo oportuna. Como calouro do curso de agronomia da UNB (Universidade de Brasíia), no 2o. sementre de 2000 (governo FHC), um dos meus professores, orientava os alunos a votar na oposição (o PT, claro) e a fumar maconha, pois a PM nao poderia entrar em universidade federal.

julio martins | E – mail | 20/10/07 14:16:41

11. O aparelhamento das universidade é completo. os professores que sabem da verdade tem medo de enfrentar os pelegos partidários.

André Sediyama | E – mail | 20/10/07 14:21:19

12. Infelizmente os professores de várias escolas em todos os níveis estão contaminados com ideais revolucionários e esquerdistas e transferindo tal contaminação para os seus alunos. A atividade de ensinar deveria antes de tudo ensinar a pensar e nunca orientar o pensamento de alunos em uma direção ideológica. Lamento pelo Brasil. Já tirei uma filha de uma escola particular de ensino fundamental no RS ( escola Espírito Santo em Canoas ) pela razão de que a escola demonstrou tendencias ideológicas na análise, abordagem e interpretação da história.

20/10/07 14:55:00

13. O pior disso tudo, é como os setores de esquerda estão reagindo às críticas ao material “didático” apresentado. Num programa de debates da TV Educativa aqui do Paraná (se não me engano chamado Brasil Nação), o principal tema discutido foi justamente este material; mas o que se viu foi uma unânime defesa e justificativa destes livros de maneira totalmente parcial e manipuladora (principalemente pelo fato dos participantes do debate serem esquerdistas). Lamentável ver este claro desrespeito à inteligência humana.

Diogo R. Santos | E – mail | 20/10/07 15:49:01

14. Ninguém quer interditar esquerdistas.

O fato é que esquerdistas não suportam divergência. Querem hegemonia de pensamento.

Ninguém também quer queimar livros nem matar ninguém. Não somos maoístas (Mao sim, é que gostava de queimar livros e assassinar covardemente pessoas, entre outros líderes assassinos, tidos pela esquerda como bonzinhos do lado do bem).

Somos sim contra tudo isso e que a esquerda defende.

Sou formado em ciências sociais e sei muito bem que existe patrulhamento ideológico dos esquerdistas. Isso é um fato inegável. Como também é fato inegável que livros didáticos são passam de panfletos esquerdistas. Isso é manipular os estudantes, isso sem falar nas mentiras (A Igreja Católica dizia que índios não tinham alma, blá, blá, blá)

O pensamento da esquerda é que é obscurantismo, uma vez que provocou crimes, fome, miséria e enriquecimento de seus líderes.

20/10/07 16:29:51

15. O homem deve ser educado para entender o que seja direito e deveres numa sociedade. Deve despertar a sua criatividade, suas capacidades doadoras e contempladas de resultados para si e ao seu meio. Nas relações humanas, filosóficas e/ou políticas, deve entender o principio da reciprocidade e a importância da sociedade para a sua sobrevivência. O homem deve abominar correntes instigadoras, egoístas e fomentadoras que nunca resultara em nada, além da violência. Mas as capacidade de criar, se desenvolver e produzir, tanto para si como para o seu meio. Creio que seja esse o ideal para a Educação.

Marisa | E – mail | 21/10/07 17:28:06

16. Quem quer interditar o debate é a elite, não importa se é de esquerda ou direita.

Nadja Waqim | E – mail | 21/10/07 17:59:44

17. A direita reprime por todos os meios as pessoas que pensam diferente do pensamento único reinante nesta sociedade capitalista. Quando falam em liberdade de pensamento, na verdade estão aplicando a doutrina ideológica do capitalismo.O que eles querem na verdade é uma sociedade de imbecis e mentecaptos que escutam apenas voz da manipulação capitalista, e quem ousar pensar diferente é comunista, etc, etc, etc. Quem quer hegemonia de pensamento é sem sombra de dúvida a direita, que não aparelha apenas o diretório acadêmicos ou o corpo docente de qualquer escola, mas principalmente os meios de comunicação de massa.

gilmar | E – mail | 22/10/07 09:18:24

18. Por favor, o uso desse termo “esquerdista”, tanto na revista como por alguns dos comentaristas é extremamente preconceituoso e simplificador. Há sim muitos problemas nos livros didáticos, mas ficar dizendo que autores e professores são “esquerdistas” só porque vêm problemas no capitalismo como desigualdade social, consumismo e individualismo, é pura cegueira. Mao, Stalin e Fidel estavam sim muito errados, mas isso não justifica o capitalismo. Existiram e continuam existindo propostas socialistas democráticas, inclusive grande parte da discussão ecológica mais séria da atualidade flerta com tais propostas. O que, inclusive, não poderia ser diferente, posto que um sistema que busca o contante crescimento dos lucros e da produtividade é, em si, inviável e violento. Só não sabe isso que nunca estudou os fundamentos de nossa sociedade de forma crítica e independente.

murilo | E – mail | 22/10/07 16:07:15

19. Sr. Miguel, que tal começarmos a nos preocupar também com a ideologia do consumismo que as TVs, por exemplo, ajudam a sedimentar? Adoraria vê-lo encampando esse tipo de idéia; quem sabe o Kamel (o nobre testador de hipóteses), O Globo (aliado dos militares, Collor etc.) e a Época (como seria o Brasil de Alckmin?) – todos, evidentemente, para lá de neutros – também não se juntam a essa empreitada!

Sidnei Brito | E – mail | Homepage | 22/10/07 17:16:40

20. Existe doutrinação sim. E ela é de ESQUERDA! Nossa “educação” está cada vez mais parecida com a da Coréia do Norte. Deveríamos seguir o exemplo da Coréia do Sul!

22/10/07 19:36:17

21. O comentário 14 foi meu. Esqueci de me identificar.

Meu nome é Joaquim Messias e sou formado em ciências sociais e professor de sociologia no DF.

Messias | E – mail | 22/10/07 20:48:35

22. Ao inves desses direitistas ficarem reclamando, por que que eles não viram professor de História e produzem livros de História diretista?

Cristiano | E – mail | 23/10/07 00:56:21

23. Ninguém quer virar professor de História (até porque pra entrar e sair do curso é preciso passar pelo filtro esquerdista). Ninguém quer escrever livros direitas. O que o pessoal tem reclamado, com razão e com uma década de atraso, é que temos livros MENTIROSOS. Não por acaso estes livros são marxistas…

Diogo | E – mail | 23/10/07 16:43:16

20/10/2007

A lição de Hugo Chávez

Quem já ficou impressionado com a doação de 5 mil livros sobre Simon Bolívar do governo venezuelano para o Brasil não imagina o que acontece na própria Venezuela. O presidente Hugo Chávez, está empenhado em um programa educativo para formar uma nova geração de socialistas. Há alguns dias, vazou para imprensa um documento de 549 páginas que detalha o projeto educacional para formar “um novo homem” na Venezuela. Segundo Chávez, “os antigos valores do individualismo, capitalismo e egoísmo devem ser demolidos”. Agora, “novos valores devem ser criados e isso apenas pode ser feito através da educação”.

Segundo o conteúdo do projeto educacional da Venezuela, as crianças vão aprender que o capitalismo “é uma forma de dominação mundial” associada ao imperialismo. As crianças vão aprender também sobre os movimentos revolucionários, mas apenas os socialistas. Cerca de 150 mil professores serão treinados para o novo Sistema Bolivariano de Educação. As escolas privadas também terão que aderir ao novo currículo. Com uma política dessas, imagine que tipo de doação Chávez pode fazer às escolas brasileiras.

(Alexandre Mansur)

COMENTÁRIOS

1. Chávez está seguindo o modelo de Cuba, cuja Constituição prevê expressamente que o estado “fundamenta sua política educacional e cultural no ideário marxista e martiano”, cabendo-lhe “promover a formação comunista das novas gerações”.

Ele sabe aonde quer chegar. Afinal, graças à doutrinação ideológica e ao isolamento (em última análise, a doutrinaçao é uma forma de isolamento), o povo cubano não consegue perceber a miséria material e a opressão política que lhe foram impostas por uma das ditaduras mais antigas do planeta. O que mais um ditador como Chávez poderia desejar?

Seguindo esse link (http://www.escolasempartido.org/?id=38,1,article,2,146,sid,1,ch) você poderá assistir a três vídeos que mostram um pouco do que é a educação na ilha-cárcere de Fidel Castro.

2. O senhor Hugo Chaves tem como meta transformar seu país numa ditadura nos moldes da ditadura cubana. A meu ver este senhor é um ditador louco que vai acabar queimando livros, se isto um dia vier a contribuir para sua permanência no poder. Pobre povo venezuelano.

20/10/07 21:56:11

3. Muitos professores no Brasil também inclinam os alunos para o lado do socialismo.Deveria mostrar os prós e os contras dos dois lados.

Vilmar Milagre | E – mail | 21/10/07 02:32:16

4. As tendências ideologicas e doutrinárias já são muitas, espalhadas em todo o Brasil.

Os valores “humanistas” irracionalmente ensinados, pela ausência de uma filosofia nas escolas como ciência de todas as ciências, que leve o homem a pensar o todo, e não numa parte.

A filosofia traz liberdade.

A ideologia e doutrina traz dominação.

21/10/07 10:15:31

5. Hugo Chavez é um fanfarrão que está querendo implantar em toda a América Latrina o modelo de estado e governo das ditaduras autoritárias que já ceifaram mais de cem milhões de vidas pelo planeta. É um louco que precisa ser contido enquanto é tempo. Apóia abertamente as FARC e isso já o eleva à condição de terrorista

Lobo Jr | E – mail | 21/10/07 11:29:46

6. A exemplo do decrépito, egocêntrico e megalômano Hugo Chávez, Lula também segue caminho similar, embora o faça de maneira mais disfarçada. Lá como cá, as massas ignaras “compram” a idéia em troca de miseráveis “bolsas”, deixando-se iludir de maneira prostituída. É a falta de cultura de povos submissos, despersonalizados e acostumados a obedecer como inocentes carneirinhos. Se bobear, nosso próximo presidente será uma guerrilheira desqualificada, hoje braço direito do apedeuta Lula.

21/10/07 11:42:58

7. Realmente a nossa América Latrina não merece um herói como Simon Bolivar. Viva o general Custer.

Nadja Waqim | E – mail | 21/10/07 17:56:24

8. Cada povo tem o lider que merece, “talvez chaves tenha razão pois ele adminstra a maior potencia nuclear mundial, a amior economia, uma das maiores rendas per-capitas, um dos maiores IDHs do planeta, enquanto isso o coitado do Bush administra uma paizinho que de tão pequeno no mapa ninguém se lembrava dele até que Bush assumiu começou a comprar fuzis e helicopteros russos para quem sabe um dia enfrentar a grande aguia do norte”.

haja ignorância para essa américa latina vitima do atraso religioso e da cultura da culpa que nos foi ensinado nas aulas de religiões ou pelo comportamento de muitos “lideres”, comportamento forjado no desconhecimento e no atraso dos imbecis.

21/10/07 18:34:11

9. Em todo lugar em que se tentou criar “um novo homem” o resultado foi o genocídio de milhões de seres humanos. Será possível que a América Latina não tenha aprendido com o erro dos outros? O século XX nos mostrou os horrores do nazismo e do comunismo.

A alternativa socialista deveria estar na lata de lixo da História. Esta experiência trágica só trouxe miséria e morte. Cem milhões de almas morreram nas mãos dos comunistas! Vão querer repetir isto por aqui?

Diogo | E – mail | 22/10/07 17:19:48

10. Esse tal de chavez é um lunático dos tipos saidos dos stúdios holyoodianos que planeja dominar o mundo,mas que no final aparece sempre o mocinho e acaba com toda a pretensão, felizmente !

22/10/07 21:27:10

20/10/2007

Liberdade de ensinar e de aprender

O debate sobre a liberdade de ensinar e de aprender está instigante. Alguns leitores ficaram indignados com o que chamam de patrulha ideológica.

O leitor Marcos Somag defende os autores marxistas. “O doutorando tem o direito de consultar o autor que quiser para fazer a sua tese, e não ficar submetido a nenhum Index que proíba ou obrigue a que ele adote qualquer autor”, diz Marcos. “A tentativa de interditar os autores marxistas na educação brasileira é incompatível com a liberdade acadêmica, e os defensores da interdição são discípulos de Alí Kamel e seus colegas simpatizantes da Opus Dei, que certamente queimariam na fogueira não apenas os livros de pensadores de esquerda, como os próprios intelectuais.Época virou um antro de obscurantismo,e vai perder muitos leitores por isto.”

Por outro lado, a leitora Ruth Kicis dá outro argumento. “É claro que o doutorando tem o direito de consultar o autor que quiser para fazer sua tese, mas deveria consultar autores de todas as correntes e não apenas de uma só. Afinal, cadê o pluralismo? Em todo o caso, não é esse o cerne da questão. O problema é que nas universidades brasileiras os estudantes são adestrados para agir como arregimentadores de militantes para os partidos de esquerda, especialmente para o PT, ou, pelo menos, moldar o imaginário de seus alunos de forma a que passem a pensar com cabeça de esquerdistas.”

Até que ponto um professor pode transmitir ideologia para os alunos? Até que ponto os alunos têm que ouvir a ideologia do professor?

(Alexandre Mansur)

COMENTÁRIOS

1. “O problema é que nas universidades brasileiras os estudantes são adestrados para agir como arregimentadores de militantes para os partidos de esquerda, especialmente para o PT, “

Isso não é verdade, o PT deixou de ser ha muito tempo um partido influente no movimento estudantil de esquerda, só se fala no PSOL ou no PSTU.

Bruno Henrique | E – mail | 20/10/07 17:19:24

2. Infelizmente, na área das Ciências Humanas, a maioria dos professores são esquerdistas parciais. Idolatram Che Guevara e chamam os EUA de “o mal do mundo”. Eles deveriam apontar os dois lados da moeda, cabendo ao aluno decidir que visão política terá.

20/10/07 19:23:31

3. Vejo que a grande maioria dos professores da área de humanas apresentam uma visão muito parcial a respeito do tema que lecionam. Apesar de se tratarem de matérias subjetivas, é necessário algum rigor científico evitando contaminar os fatos e conceitos com experiências e opiniões próprias a fim de instruir o aluno da melhor forma possível evitando que este problema de contaminação ideológica se perpetue e premitindo que este passe a pensar e tirar sua próprias conclusões

20/10/07 19:51:55

4. A partir o momento em que o aluno tenha formação e capacidade de debater, e não ser manobrado e conduzido pela vivência ideológica do mestre, o acesso a livros e debates ideológicos serão sempre produtivos para todos.

Carlos Augusto Rosa | E – mail | Homepage | 20/10/07 22:01:14

5. O professor não pode dar sua opinião sobre o que ele acha melhor ou pior, mas sim dar subsídios para que os alunos formem suas próprias opiniões. Nesse sentido pode-se dizer que muitos professores da educação básica não tem contribuído, uma vez que as idéias esquerdóides são defendidas do início ao fim e o sistema capitalista é mostrado como o grande mal que aflige a humanidade. Os livros didáticos devem mostrar os diferentes sistemas, suas propostas, o que tem dado certo e o que tem dado errado, contribuindo para uma verdadeira educação cidadã, em que o aluno é capaz de elaborar sua própria visão de mundo. Os pais devem ficar atentos ao que vem sendo passado aos seus filhos nas escolas, aos livros que vêm sendo adotados e têm o direito de intervir quando julgarem que suas crianças estejam sendo submetidas a doutrinação, de que tipo for. Igualmente nocivo é permitir que nas escolas sejam formados consumistas de primeira linha.

Alan Carvalho | E – mail | 20/10/07 23:05:09

6. Não há neutralidade científica nas ciências humanas. Quem pensa que há é um positivista, que acredita que as ciências do homem podem ter o mesmo tipo de objetividade das ciências naturais.

A história, por exemplo, é uma ciência que permite diversas interpretações sobre o mesmo processo, fato, evento ou conjuntura. Assim, cada um deve ser livre para defender seu ponto de vista, e deve ter o direito de expor sua aula a partir de suas opções teóricas. Só deve haver exceção para aqueles que querem proferir idéias rascistas, sexistas ou preconceituosas.

21/10/07 01:34:43

7. Os simpatizantes do totalitarismo (também conhecido como socialismo) não aceitam que sua hegemonia de quatro décadas seja quebrada. Compreendo seu desespero. Agora, comparar com a inquisição, é não somente de uma desonestidade intelectual, como tabém de uma falta de criatividade deprimente. Estou decepcionado.

Alexandre E. S.Rocha | E – mail | 21/10/07 03:18:09

8. Se não há neutralidade científica, então não há ciência. Porém, com ou sem ciência, deve haver o respeito, a honestidade, o caráter.

21/10/07 03:24:38

9. Não há como “desideologizar” a educação. Ela existe para formar o estudante dentro de um determinado sistema. Como professor, sempre ofereci aos meus alunos o “veneno” e o “contra-veneno”, deixando claro que a cada um cabe escolher o que quer assumir. O sistema, a todo momento e sob todas as formas, passa a sua ideologia. É preciso deixar isso claro para que se compreenda a necessidade de que se faça a sua (necessária) crítica.

Flamarion Pelúcio | E – mail | 21/10/07 06:25:57

10. Nenhum livro é neutro ou perfeito, nenhum cientista é neutro (Estão acompanhando o caso Watson?), nem jornalitas o são. Somente percebi na matéria crítica ao Marxismo e não à presença das ideologias como um todo. Não houve preocupáção em denunciar o sexismo nos livros didáticos ou o racismo ou tanto outros “ismos” tão os mais problemáticos. A matéria foi em si tendenciosa. Sou professora de História e cabe a nós apresentarmos os prós e os contras e possibilitarmos aos nossos alunos a discussão. Lendo a matéria senti que está se tentando se instalar uma caça às bruxas, primeiro aos livros – bons e ruins – com algum viés marxista, depois contra os professores que ousem dizer que não há salvação fora do capitalismo e jurem fidelidade ao credo neoliberal. Aliás, já é assim na faculdade de economia da UnB, os alunos não recebem em introdução uma visão geral das idéias econômicas, mas um manual escrito por um economista neoliberal. Logo, logo, talvez seja assim também na História e ficarão todos tranqüilos.

Valéria Fernandes | E – mail | Homepage | 21/10/07 07:18:05

11. Eu sou socióloga e acredito que assim como o cientista o professor deve apresentar a realidade para os alunos. A neutralidade não existe uma vez que todas as nossas escolhas estão imbuidas em valores construídos e apreendidos no mundo vivido!

Joyce Costa | E – mail | 21/10/07 08:08:59

12. REDUTIVISMO EH O PROBLEMA.O PROFESSOR NAO PODE TRANSMITIR AO ALUNO SOMENTE O PROPRIO CONHECIMENTO , DEVE SIM, ENCINAR A APRENDER. AS TEORIAS SAO PROFERIDAS , MAS A EXPERIENCIA CONFERE. TODOS OS ISMOS SAO PREJUDICIAIS AOS ALUNOS.

21/10/07 09:27:34

13. A Educação é, por excelência, um ato político. Entretanto, ‘ato político’ não significa assumir um posicionamento político-partidário. Em seu sentido mais fundamental, é política toda ação relacionada com a gestão da vida em sociedade e, nesse sentido, toda obra, toda aula são políticas e têm um viés ideológico. Assim como qualquer atitude ou posicionamento de alguém, em qualquer situação, sobre qualquer tema.

Trabalhando dentro dos padrões democráticos e republicanos, de maneira a viabilizar a análise crítica das idéias, tanto o autor de material didático quanto o professor exercem um papel essencial na formação de jovens para que ajudem a construir uma sociedade plural em todos os sentidos!

Somente convivendo com pessoas e idéias diversificadas os jovens poderão construir uma sociedade democrática, cada vez mais preparada para o exercício da cidadania responsável e da justiça social.

José De Nicola | E – mail | Homepage | 21/10/07 10:47:42

14. “O comunismo não priva ninguém do poder de se apropriar dos produtos sociais; o que faz é eliminar o poder de subjugar o trabalho alheio por meio dessa apropriação”. MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. O manifesto do partido comunista. Trad. NASSETI, Peitro.Ed. Matin Claret. 2004,p.62.É hora de acertarmos as contas com essa história, que esteve sempre a serviço do capitalismo. A história não contada é o silêncio que impede a comemoração (e comemorar é lembrar) das lutas populares (dos negros(as) contra a escravidão, das mulheres contra o machismo, dos índios contra o genocídio, contra o latifúndio e pela reforma agrária, dos trabalhadores(as) urbanos contra as extensas jornadas de trabalho, contra salários paupérrimos…Essas são algumas das histórias que pouco são lembradas. Mesmo que o poder de escrever a história e de reproduzi-la sempre esteve nas mãos das classes dominantes, muitos resistiram e construíram movimentos de contestação frente ao silêncio de suas vozes.(Prof. de Geografia de Esc. Publica no PR).

JOSÉ CLAUDIO RECH | E – mail | 21/10/07 10:50:52

15. Gostaria de lembrar que os Programas do Livro foram, talvez, a melhor herança deixada pelo governo FHC. O atual governo os ampliou, estendendo a entrega de livros também para os alunos do Ensino Médio, e aprimorou alguns pontos. Da mesma forma que, esperamos, um próximo governo, seja ele qual for, continue a aprimorá-los.

Lembramos, ainda, que a grande maioria dos livros didáticos que estão no mercado, foram avaliados e aprovados pelo governo do PSDB. Portanto, comentários de que os atuais livros querem formar quadros para este ou aquele partido são absolutamente inverossímeis.

Cremos que Educação é um tema muito sério e, por isso mesmo, deve estar acima de picuinhas políticas e disputas partidárias.

José De Nicola | E – mail | Homepage | 21/10/07 10:55:36

16. A meu ver a grande mídia no Brasil, abre este debate de tal forma que lembra algumas idéias de combate a causa socialista, como a política do “grande porrete” ou uma reedição da Guerra Fria. Porém tudo isso representa apenas um combustível que irá imflamar mais ainda o verdadeiro grito de “INDEPENDÊNCIA” do povo brasileiro, só que com um atraso de “502 anos”. Esse sim devemos comemorar. (Prof. de História e Geografia da rede de ensino do Paraná)

21/10/07 11:01:36

17. Como mãe, professora, sempre tentei ensinar que um único livro, independente de sua linha de raciocínio ou visão do autor, jamais pode ser considerado como única fonte de conhecimento. A nós, educadores, cabe ensinar nossos alunos os vários pontos de vista de uma mesma história e fazê-los serem capazes de criar suas próprias opiniões. Quanto ao crivo do MEC nos livros acho justo, pois existem livros que não mostram pontos de vista diferentes, mostram sim os despreparo dos autores em relação ao conteúdo que está sendo impresso. O MEC faz a primeira triagem e os professores devem fazer a segunda, pois se acham que é ruim transmitir conhecimento tendencionista, pior seria transmitir conhecimento errado.

Andréia | 21/10/07 11:14:09

18. A argumentação de “Época” em relação aos livros didáticos é tão maniqueísta em favor do capitalismo e aos Estados Unidos quanto os autores que supostamente defendem o socialismo. Da forma como se colocam os jornalistas, o sistema capitalista parece ser desprovido de qualquer contradição omitindo, por exemplo, que os Estados Unidos interferiram na política interna de vários países, durante a Guerra Fria, através das ações da CIA, levando a ditaduras como aquelas que assolaram o Brasil e a America Latina; fatos demonstrados no documentário “O Serviço Secreto”, e citados pela própria Editora Globo na biografia de Che Guevara, com relação à Guatemala e Cuba.

Newton Armani de Souza | E – mail | 21/10/07 11:48:31

19. Para ser um “pouco” justo é preciso que se coloque nesses livros do MEC a quantidade de gente que morreu nas mãos de Lênin, Stalin, Mao, Pol Pot e Castro. Aí as crianças vão poder ver o abismo entre o discurso e os fatos, mesmo depois do discurso esquerdopata dos professores militantes.

Ivan Brizida | E – mail | 21/10/07 12:01:26

20. Parciais nós não somos, em sua grande maioria, como seres humanos e políticos (temos nossas tendências e posicionamentos e os alunos acabam sabendo, de forma direta ou indireta). Entretanto, temos obrigação de tentarmos ser, dentro do possível, imparciais ao transmitir todas as tendências, posicionamentos, diversidade de entendimentos, principalmente em se tratando de ciências sociais. Como educadores é nossa obrigação fornecer DIVERSOS, MÚLTIPLOS: subsídios; fontes; e referências bibliográficas, para que o aluno tome seu entendimento e posicionamento pessoal; Apontar direçoes e caminhos, mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés… Um dos papéis do educador é instigar a criação intelectual do aluno, questionando, debatendo, abrindo o diálogo a todos, fazendo-o refeletir e achar próprias questões formuladas. É assim que tento agir como professor de “Direito Constitucional” aos meus acadêmicos, em que pese eu possa falhar, eventualmente, esse é o meu “norte” e sentido que me orienta como educador.

21/10/07 12:15:09

21. Parciais nós não somos, em sua grande maioria, como seres humanos e políticos (temos nossas tendências e posicionamentos e os alunos acabam sabendo, de forma direta ou indireta). Entretanto, temos obrigação de tentarmos ser, dentro do possível, imparciais ao transmitir todas as tendências, posicionamentos, diversidade de entendimentos, principalmente em se tratando de ciências sociais. Como educadores é nossa obrigação fornecer DIVERSOS, MÚLTIPLOS: subsídios; fontes; e referências bibliográficas, para que o aluno tome seu entendimento e posicionamento pessoal; Apontar direçoes e caminhos, mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés… Um dos papéis do educador é instigar a criação intelectual do aluno, questionando, debatendo, abrindo o diálogo a todos, fazendo-o refeletir e achar próprias questões formuladas. É assim que tento agir como professor de “Direito Constitucional” com meus acadêmicos, em que pese eu possa falhar, eventualmente, esse é o meu “norte” e sentido que me orienta como educador.

Paulo Duarte | E – mail | Homepage | 21/10/07 12:17:06

22. moro nos Eua a 5 anos , nao tive a oportunidade de concluir meus estudos no Brasil , a questao a qual quero citar : nos EUA as criancas nao receben un ensinamento tao aprofundado como o nosso , nao se interecao por outras culturas , o fundamental p/ eles e preparar suas criancaas p/ o mumdo , sera por isso estao tao avansados , tenho amigos aqui “americanos” sequer sabiao a lingua que nosso pais “Brasil” fala.

me perguntei , sera que eles nao sao estudados?

eles sao formados , um esta terminando a faculdade de adiministracao e o outro ciencia da computacao..!

ai me fiz outra pergunta..

pq tenho que saber o pib de outro pais , pq tenho que saber quem o colonizou a 500 anos atraz , ja nao basta saber apenas nossa hitoria , e deichar p/ nossos governates o trabalho de saber a renda percapita de outro pais….

os americanos nao tem siquer 10% da grandeza de nossa cultura , sera eles um pais burro? …vao ao espaco todo mes , e suas escolas estao preparando novos astronautas , e nos brasileiros ?

alguen | E – mail | 21/10/07 12:45:37

23. José de Nicola Neto tem razão quando diz que educação é coisa séria e por isso é assunto para todos. Não se trata de picuinhas político partidárias, mas preocupação com o uso da educação como instrumento de ideologização esquerdista. O prezado cavalheiro atira no ponto errado. Preocupa a todos que os livros sirvam para constituir uma visão de mundo monolítica, formada por verdades intocadas. No caso, aquelas aceitas pelos esquerdistas – nesse caso tanto faz se do PT, PSOL, PCO…a tragédia será a mesma.

O foco é não aceitar que o livro didático transmita lições de militância disfarçadas de temática séria.

Aqueles que acreditam não ser possível algum grau de neutralidade é um perfeito doutrinador, pois acreditam que educação é um ato de transmissão ideológica e não de construção criativa e plural do conhecimento. Querem o aluno receptivo e mudo, concordando com os argumentos apresentados pelo professor. Assim são os professores marxistas. Todos à beira da educação totalitária.

Márcio Santana | Homepage | 21/10/07 17:07:44

24. Quanta tolice que as pessoas pensam e dizem quando doutrinadas por uma mídia atrelada a disputa do mercado milionário de livros didáticos.

nadja waqim | E – mail | 21/10/07 17:54:16

25. O que achei mais despropositado nessa matéria foi que quem a escreve defende que nós, professores de História, não explicamos aos nossos alunos os benefícios que a sociedade capitalista nos trouxe. Entretanto, penso que os benefícios dos quais hoje desfrutamos são frutos da inteligência humana e não da sociedade comunista, assim como acredito que a fome e a miséria são sim frutos da medíocre sociedade capitalista, que tem uma industria farmaceutica que ao invés de produzir bons medicamentos mata suas cobaias africanas, que escraviza chineses para produzirem marcas “americanas” de tênis, que possui uma indústria editorial que financia matérias como esta…

Roberta | 22/10/07 12:38:04

26. Parabens aos promotores do debate. O problema esta cada dia mais presente.

Também, além das escolas de ensino básico, pode-se notar ideologia em programas de Pós-Graduação. Há casos de orientadores que atuam como mestres de ofício da idade média. São orientadores que dominam seus orientandos sem conduzi-los a liberdade intelectual, acadêmica, pois os tornam sujeitos de sua ideologia. Os orientados, futuros mestres ou doutores, se tornam dependentes desses mestres, em alguns casos enfrentam mesmo patrulhamento ideológico.

22/10/07 16:08:43

27. Não cabe ao professor (ele não tem o direito) de ideologizar os alunos.

Os alunos não tem obrigação de ouvir aulas parciais e tendenciosas.

Mas precisam da proteção dos pais ou responsáveis, já que as direções das escolas, (nem o Ministro da Educação e seu staff) são imparciais.

Ingo Baims | E – mail | 22/10/07 17:54:32

28. A liberdade de ensinar deveria começar com o MEC diminuindo a influência sobre as escolas e faculdades privadas. Deveria haver mais liberdade curricular. Sou favorável, inclusive, ao homeschooling.

Diogo | E – mail | 22/10/07 19:38:41

29. essa epoca é uma “piada de salão” (sem quer ofender as piadas de salão), totalmente apologetica ao capitalismo. A globo sempre foi apologetica ao capital e suas formas degeneradas como a ditadura militar.

No final isso tudo é um disputa pelo mercado milionario dos livros disfarçado de marcathismo.

Cristiano | E – mail | 23/10/07 01:18:04

30. O post deste Cristiano (nº 29) é o exemplo vivo do mal que esta “educação” esquerdista faz ao país.

Diogo | E – mail | 23/10/07 16:40:07

31. Até que ponto um professor pode transmitir ideologia para os alunos?

Pode, prezado Alexandre Nagib, na medida que forneça meios e informações para os alunos contestarem, discutirem criticamente.

Veja, essa é uma diferença entre nós. Sempre que leio seus textos vejo a intenção de cercear (a esquerda). Eu prefiro que tudo seja discutido. Assim, escolho a democracia… E você, Alexandre, qual sua opção?

Marcelo Lellis | E – mail | 23/10/07 22:50:39

32. O problema Marcelo Lellis é que professores esquerdistas nunca fornecem meios e informações para os alunos contestarem e discutirem. Eles simplesmente empurram goela abaixo os dogmas esquerdista. Apesar de dizerem que não são dogmáticos, são totalmente intransigentes para com quem não concorda com esse tipo de pensamento. Ninguém quer cercear a esquerda. O que somos contra é o monópólio esquerdista, o pensamento único nesses livros didáticos. Não queremos monopólio da direita e sim uma verdadeira pluralidade de idéias. Por que a esquerda tem tanto medo de divergência? Por que os aluno não podem ter acesso a várias teorias sociais? Por que vocês acham que só a esquerda tem direito a voz? Fique calmo, não queremos proibir a divulgação de idéias esquerdistas, e sim ampliar as possibilidades de escolha dos alunos. Não temos medo de que eles aprendem o pensamento esquerdista. Quem sempre temeu idéias contrárias foram os esquerdistas (vide Stalin, Pol Pot) todos assassinaram quem não era esquerdista.

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