O veneno e o contra-veneno na educação
Segundo uma corrente expressiva dos leitores, as ciências humanas são subjetivas mesmo. E todo livro didático terá um ponto de vista. “Não há como “desideologizar” a educação”, diz o leitor Flamarion Pelúcio. “Ela existe para formar o estudante dentro de um determinado sistema. Como professor, sempre ofereci aos meus alunos o venen” e o contra-veneno, deixando claro que a cada um cabe escolher o que quer assumir. O sistema, a todo momento e sob todas as formas, passa a sua ideologia. É preciso deixar isso claro para que se compreenda a necessidade de que se faça a sua (necessária) crítica.”
“Nenhum livro é neutro ou perfeito, nenhum cientista é neutro, nem jornalistas o são”, diz Valéria Fernandes. “ Somente percebi na matéria crítica ao Marxismo e não à presença das ideologias como um todo.. A matéria foi em si tendenciosa. Aliás, já é assim na faculdade de economia da UnB, os alunos não recebem em introdução uma visão geral das idéias econômicas, mas um manual escrito por um economista neoliberal. Logo, logo, talvez seja assim também na História e ficarão todos tranqüilos.”
A Educação é, por excelência, um ato político, diz o leitor José de Nicola. “Entretanto, ‘ato político’ não significa assumir um posicionamento político-partidário. Em seu sentido mais fundamental, é política toda ação relacionada com a gestão da vida em sociedade e, nesse sentido, toda obra, toda aula são políticas e têm um viés ideológico. Assim como qualquer atitude ou posicionamento de alguém, em qualquer situação, sobre qualquer tema.” Segundo ele, somente convivendo com pessoas e idéias diversificadas os jovens poderão construir uma sociedade democrática, cada vez mais preparada para o exercício da cidadania responsável e da justiça social.
Será que as ciências humanas são subjetivas mesmo? Será que não dá para contar a história de um ponto de vista mais neutro? Por que os alunos terminam a escola sem saber como funciona a liberdade de mercado ou como se dá divisão de lucros das grandes empresas nacionais e multinacionais através das ações na Bolsa de Valores?
COMENTÁRIOS
1. Parciais nós não somos, em sua grande maioria, como seres humanos e políticos (temos nossas tendências e posicionamentos e os alunos acabam sabendo, de forma direta ou indireta). Entretanto, temos obrigação de tentarmos ser, dentro do possível, imparciais ao transmitir todas as tendências, posicionamentos, diversidade de entendimentos, principalmente em se tratando de ciências sociais. Como educadores é nossa obrigação fornecer DIVERSOS, MÚLTIPLOS: subsídios; fontes; e referências bibliográficas, para que o aluno tome seu entendimento e posicionamento pessoal; Apontar direçoes e caminhos, mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés… Um dos papéis do educador é instigar a criação intelectual do aluno, questionando, debatendo, abrindo o diálogo a todos, fazendo-o refeletir e achar próprias questões formuladas. É assim que tento agir como professor de “Direito Constitucional” com meus acadêmicos, em que pese eu possa falhar, eventualmente, esse é o meu “norte” e sentido que me orienta como educador.
Paulo Duarte | E – mail | Homepage | 21/10/07 12:18:47
2. Sou formado em Ciências Sociais e trabalho na rede municipal de educação como professor de História e Geografia. Durante toda a minha vida não li um livro, um artigo ou uma única crônica que não contivesse em si a visão de seu autor. Fossem esses livros, crônicas ou artigos acadêmicos ou não, didáticos ou não, jornalísticos ou não. Qualquer autor que se disponha a escrever sobre o assunto que for, já está escolhendo sobre algo de seu interesse, portanto a imparcialidade já acaba ali, antes mesmo de começar a escrever. Essa celeuma toda em torno dos livros didáticos não passa de um farisaísmo mesclado a policiamento político. Como se no dia-dia nossos alunos já não vivessem sobre o prisma de uma ideologia dominante. Acho que já chegamos ao ponto que Marilena Chauí diz, que a ideologia esta tão embutida na sociedade a ponto da sociedade negar sua existência. Se vivemos impregnados pela ideologia burguesa, talvez a escola possa fazer o seu contraponto e mostrar outros pontos de vista.
Hudson – Poços de Caldas
21/10/07 12:52:42
3. Por acaso, na Época, leitores podem enviar artigos para publicação (óbvio que mediante todo o processo necessário) na revista?
Victor Araújo | E – mail | Homepage | 21/10/07 13:08:15
4. Sou aluno da rede privada e venho há algum tempo acompanhando essa discussão sobre os livros didáticos usados no país. Queria alertar vocês sobre uma coisa que é óbvia pra quem vive no ambiente escolar: o grande problema dos livros que usamos é outro: as pessoas que os fazem e as pessoas que os avaliam acham que eles nos ensinam alguma coisa. Até vocês, que discutem sobre eles, estão achando que eles nos ensinam alguma coisa.
Os livros não influenciam por dois fatores:
1) Ler uma frase enquanto estudamos pra uma prova (ou vocês ainda acham que 99% dos alunos que lêem o fazem para serem cidadãos melhores? E não, isso não é culpa do vestibular) não muda ninguém. Quando estamos estudando, nós vamos em cima das informações importantes para se dar bem na prova – e nenhum professor, por mais marxista que seja, tem a coragem de colocar numa prova “discuta sobre a superioridade do socialismo em relação ao capitalismo”;
Victor Araújo | E – mail | Homepage | 21/10/07 14:29:04
5. 2)Eu escrevi 99% DOS ALUNOS QUE LÊEM. Sendo que estes são, exagerando pra cima, 5% dos alunos. Vocês podem até achar que não estou sendo sério ou que estou exagerando, mas eu vivo no ambiente escolar, vocês não. Além disso, as horríveis colocações do Brasil em avaliações de ensino internacionais só confirmam o que eu digo.
Já a propagação ideológica CONSTANTE feita por professores de história e geografia ao longo de onze anos faz diferença sim.
A imensa maioria (e não, isso não é pleonasmo – 51% é bem diferente de 98%) dos professores que tive dessas duas disciplinas me ensinaram que o capitalismo gera desigualdade, é o responsável pela miséria existente no planeta e, que se o socialismo fosse implantado, viveríamos num mundo onde todos teriam educação, alimentação e moradia.
Os livros não nos atingem, os professores sim.
Sugiro ver meu blog, que têm mais informações.
Victor Araújo | Homepage | 21/10/07 15:33:43
6. Nessa reportagem, só existe um interesse da revista e da Organizações Globo, o milionário mercado dos livros didáticos. Esse é o único interesse.
21/10/07 17:50:33
7. Se nota de imediato tratar-se uma matéria encomendada por editoras interessadas no filão das vendas ao MEC. Até uma breve menção a um lider sindical foi entendido como ideologia. Fico com pena dos repórteres que se prestam a esta farsa, cumprindo um itinerário traçado pelos donos da Globo. É uma pena também, porque a revista até então vinha mantendo uma linha coerente e razoavelmente imparcial.
21/10/07 18:35:07
8. Para o Hudson – Poços de Caldas.
Marilena Chauí é de esquerda.
Eu também sou professor (sociologia) do ensino médio.
Conheço muito bem livros didáticos e afirmo que são panfletários sim.
o pensamento esqueredista é que é a ideologia dominante. Não tem como negar. É um maniqueísmo simplista (capitalismo e Igreja Católica são os malvadões do mal e Stalin, Lênin, Che Guevara, Fidel Castro, Pol Pot, etc são os bonzinhos do do bem).
O interessante é que esses autores vivem cantando em prosa e verso a tal da “diversidade”, da “pluralidade” que eles mesmos não têm.
Escrever um livros com uma abordagem só para fazer proselitismo ideológico em escola pública é errado sim.
Farisaísmo é criticar o policiamento político e achar que os livros didáticos devem conter apenas conteúdos esquerdistas. Não são os próprios professores que aprovam os livros didáticos? Então ELES é quem policiam autores que não rezam pela carilha esquerdista.
Os livros didáticos não mostram outros pontos de vista. Apenas os esquerdistas.
Messias | E – mail | 21/10/07 19:28:37
9. “Se tudo fosse coletivo, porém, muita coisa mudaria.Não teria mais sentido a divisão entre patrões empregados, por exemplo, já que todos seriam igualmente proprietários ou, vendo de outra forma, ninguém seria proprietário.Também não haveria alguns muito ricos e outros muito pobres, pois todos teriam acesso aos mesmos bens. Ao mudar o regime de propriedade, toda a vida social também muda.”
Este trecho é do livro de história do meu filho. Está totalmente errado? Não.Então está totalmente certo? Também não. Os autores são tão ingênuos que não percebem a parcialidade nas próprias palavras? Com certeza, não.
mayra.ceron pereira | E – mail | 21/10/07 20:58:42
10. Quando discutimos a Educação o que todos perseguimos é um melhor padrão de vida para nós mesmos e para os nossos familiares. Para isso dependemos das políticas econômicas implementadas pelos governos. Por isso penso que Economia deveria ser uma disciplina que acompanhasse o estudante desde a educação básica até a pós-graduação. Essa disciplina poderia ser dividida em duas partes: uma socialista e outra capitalista. Os defensores do socialismo demonstrariam o funcionamento teórico da economia socialista, onde foi posta em prática e quais os resultados alcançados através de estatísticas hoje em dia tão facilmente obtidas. Os defensores do capitalismo, por seu turno, fariam o mesmo. Os estudantes poderiam, assim, no decorrer dos seus anos e anos de estudos fazer as opções políticas e econômicas que entendessem mais vantajosas para si e sua família.
21/10/07 21:18:59
11. Quando discutimos a Educação o que todos perseguimos é um melhor padrão de vida para nós mesmos e para os nossos familiares. Para isso dependemos das poíticas econômicas implementadas pelos governos. Por isso penso que Economia deveria ser uma disciplina que acompanhasse o estudante desde a educação básica até a pós-graduação. Essa disciplina poderia ser dividida em duas partes: uma socialista e outra capitalista. Os defensores do socialismo demonstrariam o funcionamento teórico da economia socialista, onde foi posta em prática e quais os resultados alcançados através de estatísticas hoje em dia tão facilmente obtidas. Os defensores do capitalismo, por seu turno, fariam o mesmo. Os esdudantes poderiam, assim, no decorrer dos seus anos e anos de estudos fazer as opções políticas e econômicas que entendessem mais vantajosas para si e sua família.
Francisco Rypl | E – mail | Homepage | 21/10/07 21:22:01
12. A esquerda foi defenestrada do mundo civiliziado há muito tempo, mas alguns atrasados e bitolados resolveram que poderiam ressucitar a ideologia mofada do socialismo através dos livros escolares. Parabéns aqueles que se insurgiram contra essa mediocridade.
Hugo A-Go-go | E – mail | 21/10/07 21:30:37
13. Sou educadora e terapeuta. Ministrei aulas por 16 anos e hoje tenho respaldo em dizer que a questão educacional deixou de ter sentido quando passou a ser política.
A máfia da educação não é diferente de outras e discutir uma situação não seria a solução. A solução é dar soluções, pois já perdemos muito tempo.
Com professora de rede estadual e particular presenciei fatos que me levarma a pedir licença, mas vou voltar. Hoje desenvolvo um projeto educacional paraleo às escolas cuho lema é Pedagogia de Valores. Sei que um dia vamos mostrar a nossas crianças a valorizares as competências e as limitações para formarmo um futuro mais dinamico, mas apolítico.
Os livros didático impõesm sim um lado da moeda. mas não valorizam o lado da criança que é o foco principal.
Historia, matemática, portugues…etc.São conhecimentos válidos a partir do momentos que se extirpe o lado político e adotem valores cognitivos individuais de cada aluno num processo de interação dele com ele mesmo e com o meio. Como? Escrevam
Eliana | E – mail | Homepage | 22/10/07 01:22:45
21/10/2007
Aulas de economia
Um leitor que não se identificou deu uma idéia interessante para o currículo das escolas. Ele diz que economia deveria ser uma disciplina que acompanhasse o estudante desde a educação básica até a pós-graduação. “Essa disciplina poderia ser dividida em duas partes: uma socialista e outra capitalista”, sugere o leitor. “Os defensores do socialismo demonstrariam o funcionamento teórico da economia socialista, onde foi posta em prática e quais os resultados alcançados através de estatísticas hoje em dia tão facilmente obtidas. Os defensores do capitalismo, por seu turno, fariam o mesmo. Os estudantes poderiam, assim, no decorrer dos seus anos e anos de estudos fazer as opções políticas e econômicas que entendessem mais vantajosas para si e sua família.”
Se aprendessem mais economia nas escolas, talvez os brasileiros se endividassem menos.
(Alexandre Mansur)
COMENTÁRIOS
1. Excelente idéia! Aulas de economia, nos termos aqui propostos realmente abririam a mente da juventude brasileira, dando poder de reflexão e escolha dentro do ambiente que vivemos, além de ser uma boa maneira de formentar o empreendedorismo. Nota 10!
Oscar Oliveira | E – mail | 22/10/07 12:11:37
2. Estou no 1º período da faculdade de Direito. Já de cara tenho a matéria Economia. Quando entrei pensei “pra que estudar isso em Direito? Nunca vou precisar disso!”. Hoje vejo que estava completamente enganada. A economia está em praticamente todas as minhas matérias introdutórias. E hoje quando leio os jornais percebo como entendia tudo errado, ou, às vezes, não entendia absolutamente nada. A economia é super importante pra conhecimento de mundo. Conhecimento básico. Precisamos de Economia no nosso dia-a-dia. Como foi dito na nota, “se aprendessemos mais economia nas escolas, talvez is brasileiros se endividassem menos”!
3. Boa parte dos livros didáticos apresenta distorções ideológicas. Por que elas existem e como comprometem a educação [colado da chamada da reportagem de capa de Época]. Sr. Mansur, responda-me: e quanto a essa frase, o senhor a classificaria de neutra?
Sidnei Brito | E – mail | Homepage | 22/10/07 17:03:01
4. Ótima idéia. Aula de economia logo cedo. Não tenha dúvida que não sobraria pedra sobre pedra na doutrina socialista.
Marcelo Hagah | E – mail | Homepage | 22/10/07 17:15:52
5. Não sejamos ingênuos!!!
A doutrinação marxista na economia é tão forte quanto em história e geografia. Se for para ensinar economia marxista melhor não ensinar nada. Nossas crianças já recebem lixo ideológico demais.
Márcio Santana | 24/10/07 15:33:36
21/10/2007
Um problema moral
A questão foi bem colocada pelo Alexandre Mansur: “até que ponto um professor pode transmitir ideologia para os alunos? Até que ponto os alunos têm que ouvir a ideologia do professor?”
O problema está justamente nesse equilíbrio entre a liberdade de ensinar e a liberdade de aprender, ambas asseguradas pela Constituição Federal.
A doutrinação político-ideológica em sala de aula constitui claro abuso da liberdade de ensinar; abuso que implica o cerceamento da correspondente liberdade de aprender, já que, numa de suas vertentes, essa liberdade compreende o direito do estudante de não ser doutrinado.
Desde que criamos o www.escolasempartido.org, temos ouvido de professores militantes que odeiam nosso site por acharem que nós os perseguimos – o que é verdade – a seguinte objeção: não existe neutralidade, idiota; todo mundo tem um lado, imbecil.
Acabo de receber a seguinte mensagem de um tal de Fernando Horta, de Porto Alegre-RS:
“Não é possível educação sem doutrinação. Quem defende isso não conhece nada de educação ou é já um doutrinador. Aconselho ler mais sobre o assunto e parar de incitar bobagens como os depoimentos do site. O que se faz é apenas escolher que tipo de doutrinação se quer e quais os valores que se quer defender. Os organizadores desse site já expressam que valores defendem simplesmente pelo constrangimento que impõem aos professores “denunciados”.
Para a militância esquerdista, isto resolve o problema: se não existe neutralidade, cada um que cuide de puxar a sardinha – que, no caso, é o pobre do aluno – para a sua própria brasa ideológica.
A dose de cinismo e má-fé embutida nesse raciocínio é extraordinária. Equivale a dizer o seguinte: já que não existe ambiente cirúrgico totalmente livre de contaminação, o médico está dispensado de lavar as mãos antes de abrir a barriga do paciente.
Ora, o fato de o conhecimento ser vulnerável à distorção ideológica – o que é uma realidade sobretudo no campo das ciências sociais – deveria servir de alerta para que os educadores adotassem precauções metodológicas para reduzir a margem de contaminação, e não como um grito de “liberou geral” para a doutrinação.
O que a militância esquerdista vem fazendo nas escolas é uma indignidade e uma covardia. Todo educador tem obrigação moral de fazer um esforço permanente e sincero para não permitir que suas inclinações, preferências, simpatias e antipatias o afastem do ideal da objetividade científica.
Como se vê, a solução do problema da doutrinação ideológica não está propriamente no campo da pedagogia ou da epistemologia – já que o risco de contaminação ideológica é, de fato, uma realidade inafastável –, mas no da ética, pois, ainda que a perfeita objetividade científica seja inatingível, sempre será possível fazer um esforço para alcançá-la. Trata-se, no fundo, de um problema moral.
(Miguel Nagib)
1. Esqueceste de publicar o resto da minha mensagem … acho que não “esqueceste”, de qualquer forma coloca-a aqui.
“Os princípios da liberdade de expressão que vocês tão veementemente defendem parecem só valer quando o conteúdo a ser expresso se coaduna com o pensamento tacanha dos senhores. Já se dizia no século XVIII, na França “Posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-lo.” Espero que os senhores, em consonância com o que apregoam, publiquem essa manifestação com o mesmo destaque com que atacam “essas ideologias de esquerda”.
fernando horta | E – mail | 22/10/07 00:49:51
2. Tuas idéias são tão anacrônicas quanto ideologizantes. Que tipo de formação tivesses para falar em “ideal da objetividade científica”? Passaste por bancos de terceiro grau? Creio que precisas ler muito mais para defender tua opinião em um local onde realmente se discuta educação e não uma determinada ideologia. Tua analogia com “contaminação” é muito comum na guerra fria inclusive o termo. Nâo tens medo de parar num passado que logo logo irá julgar-te um autoritário presunçoso?
22/10/07 00:55:19
3. Não tem nem o que comentar
lavagem cerebral clara
22/10/07 11:53:03
4. Militância esquerdista para cá, militância esquerdista acolá, militância esquerdista isso, militância esquerdista aquilo… Daí já se pode concluir que o Sr. Miguel, provavelmente, é da militância direitista. E ainda tem coragem de falar de neutralidade. Mas tudo bem, Sr. Miguel, que tal começarmos uma campanha um pouco mais séria, como, por exemplo, em favor “mídia sem partido”, ou “TV sem partido”? Ou será que o senhor com eles não se preocupa? Afinal, o “partido” deles, pelo jeito, o agrada bastante!
Sidnei Brito | E – mail | Homepage | 22/10/07 16:17:53
5. Caro Miguel,
De fato o problema é de cunho moral.
A moral como sabemos é de origem religiosa,portanto Católica.Ela dá o verdadeiro referencial para o nosso pensar e agir.
A Ética tem conotação política.
Em política vamos de mal a pior.
Veja o Partido dos “trabalhadores”(campeão da ética nacional) que desastre.
Como sabemos o inimigo,o termo é este mesmo inimigo,é ateu e materialista, portanto sem moral.
Quanto a ética do inimigo é dialética, está sempre evoluindo…na mentira.
O inimigo não tem moral e nem ética.
Como não tem moral não sabe o que é Educação.
Como não tem ética não sabe instruir,pois só ensina mentiras.
Quanto a liberdade, não devemos confundir com libertinagem onde tudo pode.
Ora a Liberdade só existe de fato quando se quer o bem e a verdade objetiva e sobrenatural.
Aí então somos verdadeiramente livres.
Como o inimigo não sabe o que é liberdade ,e cada qual com o seu livre pensar e agir, fica sem rumo.Assim, rumo é dado pela “boiada”.
PJ
Paulo José | E – mail | 22/10/07 16:37:30
6. O Miguel Nagib merece aplausos pela iniciativa. Ao criar o Escola Sem Partido e começar a denunciar os absurdos que acontecem em sala de aula ele acabou mexendo num ponto que incomoda muita gente. A verdade é que este país está cheio de porfessores que são picaretas e fazem das aulas uma oportunidade de propagandear o atraso e dar vazão as suas frustrações intelectuais e materiais.
Diogo | E – mail | 22/10/07 17:06:08
7. Apesar da Constituição assegurar o direito do aluno ao pluralismo de idéias, o historiador Luis Koshiba (autor do livro que o garoto da foto lê)só oferece uma visão da História em seus livros: a marxista. Koshiba afirma, textualmente, no livro “História – Origens, Estruturas e Processos:
“O homem é o conjunto de suas relações sociais.(…) A maioria dos historiadores costuma dar muita importância às relações que os homens estabelecem para produzir bens e serviços necessários à sobrevivência da sociedade, o que os faz colocar o trabalho e o trabalhador (o autor usa o itálico para destacar as palavras trabalho e trabalhador) no centro da História. Este livro segue a concepção desses historiadores”.
Ou seja, Koshiba avisa que faz uma análise marxista da História, mas tem a precaução de não citar Karl Marx, que definiu assim o ser humano: “O homem é um animal que trabalha”! Os livros de Koshiba são marxismo puro, da primeira à última página. Estão entre os livros didáticos mais vendidos no País.
Mirian Macedo | E – mail | 22/10/07 17:39:06
8. Parabéns pela iniciativa. Torna-se cansativo acompanhar + 1 vez (já que agora saõ meus filhos que estão na escola) a maldosa seleção de assuntos que devem ou não serem estudados em sala de aula. A bibliografia básica é quase sempre a mesma (socialista) e os professores são, no mínimo, ignorantes, pois vieram da mesma formação (aprender sem questionar para passar). Fala-se da escravidão africana e dos melefícios da revolução industrial na Europa, mas não se comenta os pogroms de Stalin, nem nas perseguições do bando dos 4 ou de Mao, etc. Fala-se até cansar em Pinochet e na ditadura militar latino-americana, mas não se fala em Fidel ou nos neo-caudilhos Chavez e Evo Morales. Fala-se de Lula e na greve do ABC paulista mas não se fala nos interesses econômicos por trás dela. Não se comparou as conquistas econômicas de 25 anos de “ditadura” com 25 anos de “democracia”. Fala-se de tortura dos militares mas não se fala das mortes causadas pelos terroristas. Desta forma, como queríamos demonstrar,você tem razão.
Pedro Afonso | E – mail | 22/10/07 17:46:46
9. o comparação forçada entre ideologia e “virus que contamina”. Bricadeira! isso é uma ofensa a minha inteligencia! esse Miguel Nagib tem que melhorar mais, tá muito nonsense. Não existe neutralidade, a até a neutralidade é uma posição ideologica. Caro Miguel vá estudar mais e você vai constatar isso. A epoca tem que melhorar seu quadro de funcionario, pois esse Miguel tá muito senso comum e superficial.
cristiano | E – mail | 23/10/07 01:26:15
10. pois é, antes de tantas criticas seria muito interessante o nagib e os postadores desse blog aprender o significado de democracia, ja que a usam pra facilitar sua exposicao de ideias, fora de contexto, como todo bom capitalista, e tambem da palavra basica em toda relacao social, respeito a liberdade.
alguns aqui so elogiam quem escreve e suas ideias seguem a mesma logica sem muito discernimento do autor do texto.
a pergunta que deveria ser feita é: quando nos ensinavam na escola a historieta do brasil e nao permitiam que tivessemos muitas possibilidades de questionar era melhor do que hoje quando os pontos de vista podem ser discutidos?
tenho um filho e quero que ele pense, que saiba discernir, que tenha pensamentos proprios, quando ele quiser discutir assuntos relacionados a realidade, que ele possa entender que existe varios pontos de vista.
o que os nagibs, vicarias e mansurs fazem bem é usar a tatica de publicar uma ideia tantas vezes quanto necessarias ate ser engolida por todos como verdade.
23/10/07 01:34:26
11. Participo da diretoria da Abrale – Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos, que se posiciona contra qualquer orientação político-partidária nos livros didáticos. Diretorias anteriores e a maioria dos associados têm posição similar.
Dito isso, seguem opiniões pessoais.
Acho que até um livro de Matemática tem algum viés político. Optar por questões apenas matemáticas no lugar de questões da realidade, já é um viés. Acredito que a maneira de se defender da doutrinação, em especial nas ciências sociais, é promover o debate, a crítica de idéias, incluindo as do próprio autor.
O livro de História de Mario Schmidt, pivô desse debate, parece defender essa posição, não mostrando só um lado da verdade. Quem mostrou só um lado foi Ali Kamel em seu artigo contra Schmidt.
Não quero defender o autor. De sua obra, só li o que divulgaram os defensores e Kamel. Entretanto, a crítica unilateral de Kamel parece mais perigosa que o viés de Schmidt. Temo que o site Escolas sem partido vá pelo mesmo caminho.
Marcelo Lellis | E – mail | 23/10/07 13:39:54
12. Que domocracia é essa em que somente a visão marxista é estudada? Como querer que um aluno tenha pensamentos próprios, se lhe é mostrado apenas uma visão que é a esquerdista?
Na visão socialista de democracia, só esquerdistas têm direito a voz. Professores esquerdisatas odeiam questionamento. Dizer que temos muitas possibilidades não é verdade. Os livros didáticos são altamente maniqueístas e o bem e o mal são bem definidos: socialistas – bonzinhos; capitalistas – malvadões.
Não estou defendendo aqui que se deve estudar apenas o capitalismo. Mas mostrar apenas o viés esquerdista não é nada democrático, é ditadura.
Mario Schmidt e outros autores de livros de geografia, filosofia, sociologia, literatura não defendem debate nenhum, pois, só mostram a visão socialista. O “Escola sem Partido” é que defende o debate, e é contra a doutrinação. Se é errado fazer doutrinação religiosa, por que seria fazer doutrinação esquerdista? O pensamento esquerdista é unânime na nossa educação. E toda unanimidade é burra.
Messias | E – mail | 23/10/07 20:39:46
13. Marcelo Lellis diz que a Abrale é contra qualquer orientação político-partidária nos livros didáticos. É mesmo? Não parece. E este texto do presidente da Abrale, José de Nicola Neto, intitulado “Uma sociedade libertária nos trópicos”? Diz ele, referindo-se aos imigrantes que chegaram ao Brasil no final do séc.XIX: “Em suas rotas malas e arcas traziam utopias, algumas de coloração avermelhada como a tinta que escorria daquele pau chamado brasil. Imaginavam uma nova ordem social solidária e igualitária, livre dos dogmas da Igreja, do poder autoritário do Estado e da moral burguesa. Essa era a base das chamadas idéias libertárias do movimento anarquista. É interessante notar que “os libertários situam a origem das desigualdades sociais no instituto da propriedade privada, que permite a exploração do homem pelo homem, reduzindo a grande maioria dos indivíduos à opressão econômica, social e política”. Que imparcialidade!
Mírian Macedo | E – mail | 23/10/07 23:12:20
14. O engraçado é que, quanto mais esquerdistas são os livros, quanto mais marxistas são os professores, mais reacionários, conservadores e intransigentes são os alunos. Isso eu digo com base na observação. Alguma coisa aí está errada…
24/10/07 09:25:17