Uma batalha campal marcou a audiência pública que discutiu a inserção da Ideologia de Gênero na educação fundamental em Guarulhos. O evento foi tomado por hordas de militantes sem qualquer ligação com a educação de crianças e jovens.
Realizada na noite de quarta-feira, 20, na Câmara Municipal de Guarulhos, a audiência serviu para provar que a educação fundamental – voltada a crianças e adolescentes – é um dos grandes alvos das militâncias organizadas.
A Ideologia de Gênero é a nova arma dos movimentos que querem destruir a família. Ela propõe que as diferenças entre homens e mulheres são apenas invenções culturais e não há nenhuma diferença biológica ou natural entre os sexos.
Para se ter uma ideia do nível de interesse dos militantes pela educação fundamental, basta destacar que a audiência pública de Guarulhos atraiu os representante dos seguintes “movimentos”:
Marcha da Maconha
Marcha das Vadias
Marcha Mundial de Mulheres
Movimento Passe Livre
Coletivo Fora da Ordem
Coletivo Quilombo Raça e Classe
Sim, até mesmo as autoproclamadas Vadias apareceram lá para dar seus pitacos sobre a educação de crianças e adolescentes. Parece surreal, mas é apenas o Brasil.
É claro, as autodenominadas Vadias estavam lá pra dar seu apoio à Ideologia de Gênero, vaiar os palestrantes e ofender quem ousasse discordar delas.
Óbvio que o a visão de pessoas com este perfil é valiosíssima para a construção do plano de educação votado às crianças de adolescentes de Guarulhos:
Ah, sim, um detalhe: Guarulhos é governada pelo petista Sebastião de Almeida.
Os militantes estavam lá para respaldar aquilo que já é uma vontade consolidada da gestão petista: levar a doutrinação ideológica para as salas de aula. Para tal, militantes e Prefeitura recorrem aos clichês da “luta pela tolerância” e “respeito ao diferente”.
Guarulhos é um retrato do que ocorre agora mesmo nas demais cidades do Brasil. Os municípios têm até 24 de junho para aprovar seus Planos Municipais de Educação com a realização de audiências públicas nas próximas semanas.
Para ter validade legal, o PME precisa ser aprovado pelas Câmaras Municipais. É aí que entram as militâncias organizadas cujo trabalho é pressionar os vereadores e hostilizar qualquer um que se oponha à inserção da Ideologia de Gênero nas escolas.
Batalha campal
Convidado a prestigiar o evento, o bispo diocesano de Guarulhos, Dom Edmilson Amador Caetano, foi impedido de falar pelos militantes presentes na audiência, que despejaram um festival de ofensas e xingamentos contra ele.
O bispo nem sequer havia se posicionado sobre o tema quando começaram as hostilidades. Uma das feministas presentes gritou: “Ele é bispo e o Estado é laico. Ele não pode falar aqui!”. Os católicos presentes também foram hostilizados.
Confira os Militantes “da tolerância” em Guarulhos!
Todas as vezes nas quais alguém mencionava um princípio moral básico – sem qualquer proselitismo religioso – era acusado de estar violando a laicidade que deve imperar na Câmara Municipal de Guarulhos.
O evento foi interrompido em diversos momentos por conta da agressividade dos militantes que lá estavam, supostamente, para “defender a tolerância”.
Militantes contra o povo
Choveram ofensas contra a religião das pessoas comuns que, com muito esforço (ao contrário dos militantes profissionais, a maioria das pessoas trabalha e não têm tempo pra debates) lotaram o plenário da Câmara de Guarulhos.
Eis a interpretação da esquerda sobre Estado Laico: todos podem participar do debate público, menos as pessoas comuns dotadas de crenças religiosas. Estas devem ser apartadas do debate porque – ao contrário dos militantes profissionais – não são vinculadas a qualquer movimento, partido ou ideologia.
São apenas pessoas comuns defendendo seus valores morais. Gente sem carteirinha de partido disposta a participar do debate público manifestando seus princípios pessoais e religiosos. Para a esquerda, isso é violar o Estado Laico.
Para os militantes que tomaram a Câmara de Guarulhos na fatídica noite de 20 de maio, os religiosos deveriam ser confinados em leprosários e autorizados a sair de lá apenas pagar os impostos que sustentam, inclusive, a estrutura de doutrinação.
São os militantes – e não os pais ou professores – que devem decidir por meio de seus especialistas amestrados o que as crianças devem aprender nas escolas.
Apesar de toda a hostilidade, o professor Felipe Nery – palestrante convidado a falar sobre o tema, o que fez de forma absolutamente civilizada – deixou seu recado:
“Por ter estudado a fundo as consequências negativas da implantação da Ideologia de Gênero em outros países, e perceber que tal ideologia cria uma sociedade relativista, me oponho a inclusão da mesma nas escolas. Não estou sozinho; a entidade que presido,Observatório Interamericano de Biopolítica, conta com a participação de 160 mil professores que não querem ser instrumentalizados”.