Estudei na Engenharia do CEFET – Curitiba em 1977, curso excelente!, tempo do regime militar. Estava no 3º ano e precisei trancar a matrícula, tempos difíceis, meu marido conseguiu emprego noutra cidade.
Em 1984 iniciei o curso de Pedagogia na UEM. Hoje percebo com clareza o assédio moral, ideológico, bullying… e tudo o mais passível de um processo pelo que sofri. A ideologia marxista imperava de forma declarada. Certa ocasião um professor de sociologia me falou: – “você está impregnada destas doutrinas positivistas”.
Na verdade a leitura que faço hoje disto é que eu não estava impregnada suficientemente de doutrinas marxistas, como era a intenção deles. Era um claro aviso de que não me formaria ali, caso não me rendesse a doutrinação. Não me rendi, e não me formei ali, graças a Deus!
Em 1989 meu marido foi novamente transferido a Curitiba. Estando no último ano de Pedagogia me formei como Pedagoga habilitada em Orientação Educacional, em uma universidade cujo proprietário era militar. A sorte sorriu para mim, pois se tivesse ficado na UEM acho que teria desistido em função das reprovações, e constrangimentos, por não comungar com o pensamento e ideologia marxista, e ser jovem e ousada o bastante para ficar “batendo boca” com os professores marxistas. Uma coisa eles conseguiram ao me fazer ler e reler, resumir e resenhar K. Marx: conhecer o bastante para sentir ojeriza por esta ideologia perniciosa.
Mas lamento ao ver que as gerações que se formaram, e vêm se formando, inclusive no ex CEFET hoje UTFPR estão completamente impregnadas desta sujeira intelectual. Como disse no início é um grande desafio que vocês abraçaram, que é tentar limpar nossa educação disto tudo.
Continuei estudando, fiz duas pós graduações, passei ilesa pela ideologia porque nestes cursos podia optar pela linha de pesquisa, da mesma forma que no mestrado que estou concluindo este ano. Faço de tudo para sequer citar o nome destes que se dizem os donos da verdade, e incluo aqui o patrono da educação brasileira. Se depender de mim nunca mais saberão o nome deles. Ignoro-os, por mim serão esquecidos bem como suas teorias e doutrinas inúteis, tendenciosas e perigosas para a sociedade como um todo.
O trabalho de vocês é muito importante: combater a ideologia nas escolas, quando isto está impregnado no âmago dos docentes, e será preciso um grande trabalho de faxina também na formação docente inicial, não apenas no ciclo básico, mas na gênese do profissional da educação, enquanto aluno universitário.
Como disse é um grande desafio! Ainda bem que vocês estão abraçando esta causa, e por esta razão tenho só que lhes agradecer, por mim, e pela minha descendência que eu gostaria de ver crescerem longe e livre disto.
Caros amigos seu trabalho é louvável, desejo êxito nesta árdua empreitada.
Abraço Cordial
R.M.C. – Pedagoga