“No fundo, esses falsos debates são apenas ocasiões que a professora aproveita para plantar suas idéias na cabeça dos alunos, sem nenhum respeito pelos pontos de vista discordantes.”
⚠️ O depoimento abaixo foi enviado ao ESP em janeiro de 2006.
A matéria que a Professora H. leciona, Direito de Família, trata de questões como casamento, separação, divórcio e guarda. Aproveitando-se disso e fugindo do plano de ensino, a professora promove debates a fim de discutir o casamento entre homossexuais.
Sucede que ela parte do pressuposto de que o homossexualismo é uma condição normal, com esteio em algumas opiniões de psicólogos. Alguns alunos, que discordam desse ponto de vista (também com base em opiniões confiáveis), são excluídos da roda e ridicularizados com frases do tipo: “quem deveria se internar numa clínica é você” ou “isso é a visão religiosa, que não tem força nenhuma” ou “já disse que isso é normal e vcs não podem discordar”.
O assunto, que não consta do plano de ensino, acaba por tomar grande parte das aulas, embora ela acabe dando conta do resto do conteúdo. E apesar de não estar na programação, ela determina que os alunos escrevam a respeito do tema com base em textos que ela mesma coloca à disposição, todos tendenciosos, inclusive de alguns ativistas gays.
Os textos contra o homossexualismo trazidos por alguns alunos são imediatamente desqualificados, alegando a professora que estão ultrapassados. Ela provoca um clima de tensão quando essa espécie de debate é trazido à tona e taxa de preconceituosos aqueles que não concordam. Como tem um comportamento bastante agressivo, acaba por tornar tímidos os que discordam.
Ou seja, não existem as condições mínimas necessárias para uma verdadeira discussão. No fundo, esses falsos debates são apenas ocasiões que ela aproveita para plantar suas idéias na cabeça dos alunos, sem nenhum respeito pelos pontos de vista discordantes, num assunto que admite, como se sabe, diversas opiniões.
Mais uma vez, esse tema não faz parte do plano de ensino da disciplina e, mesmo assim, é trazido à tela. E não por uma perspectiva jurídica, isto é, embora existam projetos de lei em andamento (de parceria civil, outros propondo a criação de centros de apoio àqueles que querem deixar de ser homossexuais), esses projetos não são discutidos ou examinados em sala de aula e o assunto é tratado sob um enfoque leigo e meramente opinativo (isso é assim porque eu li que era assim, etc.).
Enfim, a professora transmite aos alunos a idéia de que existem os bons e inteligentes, que apóiam suas idéias sobre o homossexualismo, e os ruins, ignorantes e cristãos, que dela discordam.