Por Diego Casagrande
Ser pai de aluno hoje em dia é uma tarefa que merece, mais do que nunca, toda a atenção e zelo que se possa ter. Principalmente pela tentativa desavergonhada de muitas direções de escolas e professores de fazer lavagem cerebral nas crianças. As salas de aula estão cheias de viúvas do Muro de Berlim, saudosistas da União Soviética e apaixonadas por Hugo Chávez. Os pais precisam estar atentos e conversar muito sobre o que é tratado em aula com seus filhos. Derrubar diariamente a mistificação mentirosa que só atrasa nosso país é tarefa árdua, mas não se deve desistir. O caso do tradicional e rico Colégio Champagnat, de Porto Alegre, é emblemático.
É difícil entender o que pode ter levado a direção de uma escola tradicional, mantida por maristas que não se fazem de rogados quando o negócio é colocar o custo do ensino na estratosfera, a convidar alguém de extrema-esquerda como Frei Betto para falar ao público interno. Ainda mais quando este público é composto de jovens, muitos de tenra idade e consciências em formação, na maioria dos casos abertos para a pregação autoritária. E Frei Betto será o palestrante principal das comemorações dos 60 anos da escola. Só que o palestrante não tem, conforme fica patente em seus escritos e entrevistas, nenhum compromisso com a democracia. A internet está cheia dos artigos dele.
O evento acontece quarta (8) e quinta-feira (9) e o Frei falará sobre “Educar para ser… humano”. Estranha humanidade essa.
Frei Betto é defensor dos regimes totalitários espalhados pelo mundo, relativiza o genocídio de milhões de inocentes em nome do socialismo e é unha e carne com o ditador Fidel Castro. Além disso, em várias oportunidades tentou justificar os atentados terroristas de 11 de setembro. Acha normal a existência dos homens-bomba e a sanha odiosa que professam contra o Ocidente. E foi assessor direto de Lula, o presidente de um governo que criou o “mensalão”, o maior esquema de roubalheiras que se tem notícia até hoje. Cuidado, senhores pais, cuidado. Seus filhos não são massa de manobra de ressentidos ideológicos.
Ao convidar um comunista saudoso do Muro de Berlim, talvez os maristas do Champagnat queiram exorcizar a culpa de cravar a faca todo o mês nas mensalidades. Aliás, se é coisa que os homens da batina fazem bem, além de prover educação de qualidade, é cobrar como verdadeiros capitalistas selvagens. Por um lado, ajudam a diminuir a renda familiar dos pais de alunos. Por outro, trazem um pregador da planificação econômica e da supressão das liberdades, idéias que, se fossem levadas a cabo, acabariam com o próprio negócio que enriquece as escolas maristas.
Nada pode ser mais incoerente. E por que não dizer, triste