Universidade de Brasília (junho 2011)
Por Reinaldo Azevedo
A Universidade de Brasília, como já escrevi aqui, é a morada do aiatolá Marcos Bagno, aquele professor que já fez fama — e, calculo aqui, fortuna razoável — com suas fabulações sobre o preconceito lingüístico. Trata-se de uma tese intelectualmente vigarista porque mistura dois domínios: os estudos de lingüística, que têm valor descritivo, não normativo, e os de gramática. Bagno inventou a existência de um preconceito para, então, combatê-lo, como se as nossas escolas fossem verdadeiros centros de tortura da linguagem popular. Não! O nosso problema é bem outro: falta de estrutura e de capacitação intelectual para ensinar a norma culta aos alunos, o que não implicaria desrespeitar, obviamente, as várias “falas” que há no país. A questão é falsa. Os exploradores da boa-fé e da miséria alheias, no entanto, são verdadeiros.