Não é fácil saber o que acontece dentro de uma sala de aula. A doutrinação, em geral, não deixa rastro, a não ser na cabeça dos alunos. Por isso, é importante conhecer o conteúdo dos livros didáticos, pois eles constituem um forte indício do enfoque adotado pelos professores em suas aulas.
Com esse objetivo, divulgaremos neste espaço resenhas, análises críticas e reportagens sobre o viés ideológico e moral dos livros didáticos e paradidáticos do ensino fundamental e do ensino médio.
Por Klauber Cristofen Pires
O artigo que se desdobra a seguir tem como objetivo formular uma crítica ao capítulo 15 da obra Sociologia Geral [1] intitulado “Degradação Social, Globalização e Neoliberalismo”, de autoria de Eva Maria Lakatos. O livro tem como co-autora Marina de Andrade Marconi, todavia, aparentemente, ela não tem participação no capítulo em comento, conforme se entende a partir da “Nota da Autora à 6ª Edição”, às fls. 19 e 20.
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Por Sérgio Fausto *
Dias atrás, um amigo dos meus filhos me chamou a atenção para uma apostila de História do Brasil recebida no cursinho Anglo Vestibulares. Eram duas páginas sobre o primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso. Não tivesse ele me dito qual a origem do texto, eu teria imaginado que se tratava de um documento partidário.
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A jornalista Mírian Macedo passa um pente fino numa apostila de história do Sistema COC de Ensino (2007).
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Módulo 1 – Nós e a História
“Os homens fazem a sua própria História, mas não a fazem como querem, não a fazem sob circunstãncias a sua escolha…” Karl Marx
“Não é somente o grande homem, o herói, o general que faz a História. O papel primordial, hoje, da História é conscientizar a cada um através do conhecimento crítico do passado e do presente e da sua função como agente transformador do mundo.” Ferreira Gullar
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Por Luís Lopes Diniz Filho
Já comentei em outros posts que uma das razões para o forte predomínio de teorias críticas completamente ultrapassadas na geografia contemporânea é a doutrinação no ensino. Quando eu era aluno do ensino médio, na primeira metade dos anos 1980, isso já acontecia. Tudo o que as professoras de história e de geografia me ensinaram nessa fase foi puro marxismo. Aprendi o básico sobre a teoria marxista do valor trabalho lendo o livro História da riqueza do homem, de Leo Huberman (1981), e alguns volumes da Coleção “Primeiros Passos”. Por sua vez, a teoria do valor utilidade não era nem sequer mencionada!
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Por Ali Kamel
Ainda os livros didáticos, um problema mais grave do que eu imaginava. Para 2008, o MEC me informa que já comprou mais de um milhão de exemplares do livro de história “Projeto Araribá, História, Ensino Fundamental, 8”, a ser distribuído na rede pública a partir de janeiro. Para ser exato, 1.185.670 exemplares a um custo de R$ 5.631.932,50. É agora o campeão de vendas.
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