Por Reinaldo Azevedo
O que faz este rapaz neste vestidinho apertado? Vocês entenderão.
Ah, bem, os esquerdopatas e alguns que se querem libertários resolveram também especular sobre a minha vida sexual: “Por que você se incomoda tanto com isso?”; “Você não gosta de sexo?”; “Tem algum problema?”. E por aí afora. Vocês sabem: quando eles começam a pensar, a gente sente o cheiro de longe. É o correspondente intelectual daquelas pessoas que não respeitam elevador… A única diferença é que a gente pode ouvir o seu borborigmo cerebral, enquanto o outro, mais intestino, é geralmente expelido em silêncio.
Tio Rei vai bem, obrigado! Não tem do que reclamar. Sharon Stone (a daquele filme), a minha Gilda mais carnal e loura, não foi pra cama — ou qualquer outro lugar — comigo. Mas creio que não tenha trocado humores corporais nem com meus adversários… Angelina Jolie? Também não! Depois que ela trocou as mulheres por Brad Pitt (foto acima), parece que lhe jurou fidelidade. Assim, nem eu nem os meus adversários esquerdopatas (e sensuais, claro!) pegamos todas as mulheres do mundo. Já Angelina, a julgar pela foto…
Como levar a sério esse tipo de abordagem, me digam? Ou você concorda com uma estupidez, uma óbvia violência contra as crianças, que está sendo praticada em sala de aula, contra todo o saber técnico qualificado, ou você está doente, tem um sério problema.
Direi de novo: as aulas de educação sexual, pervertidas (como são) ou não, e as campanhas em favor do uso da camisinha resultam ineficazes — aumentou a porcentagem de grávidas adolescentes entre 1996 e 2006, e os casos de AIDS entre jovens, especialmente do sexo feminino, voltaram a subir — porque se resolveu banir das aulas a escolha moral. Ela foi substituída pelo preservativo, pela pílula do dia seguinte e pelo pênis de borracha.
Passa-se aos estudantes a idéia falsa, estúpida, intelectualmente delinqüente, de que a camisinha resolve todos os problemas. Se ela falhar, a pílula do dia seguinte. Não! Iniciar a vida sexual implica novas responsabilidades: é preciso ter condições de administrá-la. Mais: toda a abordagem a respeito do assunto supõe que recomendar ao jovem que retarde o início da vida sexual corresponderia à imposição de limites impróprios, contrários, sei lá eu, à natureza — seria, como disse outro dia uma dita especialista na TV, “impor uma moral aos alunos”. Ah, é? E o vale-tudo? E o “use camisinha e tudo bem?” Isso não é um padrão? Não é uma imposição? Não é um condicionamento? Um dos espertinhos poderia me explicar por que o estímulo para se fazer sexo (protegido, claro!) aos 13 é moralmente superior à recomendação para que não se faça sexo aos 13?
Ainda que eu tivesse feito voto de castidade ou que me chicoteasse toda vez que me sentisse “abrasado”, como diria São Paulo, isso não emprestaria justificativa pedagógica para a óbvia violação da intimidade da criança e das prerrogativas da família que está sendo perpetrada em sala de aula.
Eu não assinei um documento transferindo aos ministérios da Saúde e da Educação e a Lula o antigo “Pátrio Poder”, agora “Poder Familiar”, no revisto Código Civil.
E refaço minha questão: se o professor de “educação sexual” (quem tem essa formação no país?) precisa convidar o aluno a manipular um pênis de borracha, como fará o de matemática para dar concretude ao número pi, ou o de biologia, para provar a meiose?
Bando de picaretas! Embusteiros!