Mensagem enviada por Leonardo Farias ao blog do Reinaldo Azevedo, em 19.11.2008.
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Reproduzo um texto do meu professor de história:
O 13 DE MAIO
Um texto para ser comentado…
Data que para muitos nada significa, mas para muitos sinal de uma liberdade ainda esperada na crosta da sociedade brasileira.
Que país é este? Assim cantava o saudoso Renato Russo, um país que não discuti em direito e de fato seus problemas deixados no passado e que repercutem no seio do 3º milênio – políticas afirmativas para os afrodescendentes desse Brasil de muitas faces e de poucas ações.
Quando será que esse dinossauro vai despertar e se enchergar?
Quando as mascaras de uma sociedade construida na mentira e plantada no egoismo se revelará digna de seus patrícios? O indío, o negro, nossos irmãos – clamam por oportunidades iguais, sonham com uma construção selada em princípios pautados na valorização humana, na transformação de condutas, na ruptura de tabus e atos ortodoxos. Vozes ao vento…compromissos utópicos.
A impáfia das nossas lideranças não expressão singularidade e sim, pleitos corporativos. Quando os discursos sairam dos verbos e se apresentaram como uma concretude? Pensar no negro nesse país que não saiu ainda de republiqueta, é pensar na luta da liberdade, é respirar a resistência estampada nos estandartes regionais, é vislumbrar um povo que foi e é sofrido pelas ações de um estado ainda paralítico, e que agora é rotulado de emergente – está na moda !
Temos que enchergar o outro e sentir juntos seu clamor e não a cisão de interreses individuais. O negro tão bem defendido por homens como Castro Alves, que os enalteceu nos seus poemas ou nosso amigo Valmir do Carmo, a brilhante Zélia Possidônio, entre outros, que sustentam a bandeira do ‘não ao racismo’ em nossa região, são dignos de aplausos e reverências, porque até nossa imprensa sensacionalista, preocupada se a família Nardoni ficou em segurança no presídio, pouco ou nenhuma ação fez sobre o dia 13 de maio – pena…
Robson Sousa
Lindo, não?!
Supor que esse aí seja o responsável por parte do meu conhecimento é triste, soturno. Mas, graças a Deus, tenho meu próprio tino. Daí, fico indignado pelos meus colegas. A propósito, o certo não seria “empáfia” e “ENXERGAR”?! Pobre pedante esquerdiota, meu professor!