Paulo Reis (08/10/2019)

Testemunho de professor recebido pelo Facebook do Escola sem Partido.

Nas greves de que participei, meu intuito (ao menos o meu), era o de defender direitos e condições dignas de trabalho para a categoria profissional em que atuo.

Jamais atuei naqueles momentos, com viés ‘idiotológico’ a que denuncio.

Mais de 90% da categoria profissional em que atuo está irremediavelmente contaminada por essa sandice perniciosa.

Não concordo com isso.

Respeito meus colegas de trabalho, mas não me envolvo.

Não sou cego, surdo e nem destituído de sanidade mental e de senso crítico.

Há poucos meses, fui excluído e bloqueado por um colega ‘professor’, cuja última fala foi: ‘Me admiro de suas falas…; Professor tem de ser ‘formador de opinião’…’

Não!

Eu, como Professor, não tenho de ser ‘formador de opiniões’.

Exatamente aí é que consiste a atrocidade do assassinato do direito e da possibilidade de quem está em sala de aula para conosco, de obter absolutamente todos os lados de quaisquer questões.

Eu não tenho de ser ‘formador de opiniões’!

Meu trabalho deve ser o de propiciar absolutamente a visibilidade clara de todos os lados e aspectos sobre todo e qualquer assunto da Vida!

Convidar, e tornar possível às pessoas que, possam exercer seu direito a desenvolver seu próprio senso crítico, podendo exercer, praticar e expressar suas próprias opções, escolhas e opiniões!

Respeitando as divergências e tendo suas posturas respeitadas!

Democracia é isso.

Ou não é?

A ‘doutrinação’ idiotológica nas escolas existe sim.

Eu a vi. Eu a ouvi. Não é essa a escola que eu quero. Não é esse o país que eu quero. Não é.

Deixe um comentário