Ao perceber que está sendo vítima de doutrinação política e ideológica em sala de aula, o estudante se depara com o seguinte dilema: denunciar — e expor-se ao risco de ser perseguido pelo professor e hostilizado pelos colegas; ou ficar calado.
“Vazar” a prática doutrinária de um professor para fora do espaço protegido da sala de aula pode ser perigoso. Vejam o que aconteceu ao ex-estudante de História da Universidade Federal Fluminense, Felipe Svaluto Paul, autor da primeira denúncia de doutrinação enviada ao ESP.
Diante desse risco, muitos estudantes que se reconhecem como vítimas de doutrinação, e não se sentem suficientemente protegidos pela garantia de anonimato oferecida pelo ESP, acabam optando pelo silêncio. E, com isso, a prática se perpetua.
Por isso, o ESP aconselha esses estudantes a fazer o seguinte:
Na dúvida, não se precipitem. Planejem a sua denúncia. Anotem os episódios, os conteúdos e as falas mais representativas da militância política e ideológica do seu professor. Anotem tudo o que possa ser considerado um abuso da liberdade de ensinar em detrimento da sua liberdade de aprender. Registrem o nome do professor, o dia, a hora e o contexto. Sejam objetivos e equilibrados. Acima de tudo, verazes. E esperem até que esse professor já não tenha poder sobre vocês. Esperem, se necessário, até sair da escola ou da faculdade. Não há pressa.
Quando estiverem seguros de que ninguém poderá lhes causar nenhum dano, DENUNCIEM a covardia de que foram vítimas quando não podiam reagir.
Façam isso pelo bem dos estudantes que estão passando ou ainda vão passar pelo que vocês já passaram. É um serviço de utilidade pública.