Relato de João Anselmo Aidar, que foi aluno do Colégio Ítaca de 2012 a 2019.
Meu professor de geografia, do Colégio Ítaca (São Paulo-SP), era 100% esquerdista, e gostava de mostrar isso frequentemente. O mesmo já passou filme colocando Che Guevara como herói dos oprimidos (Diários de Motocicleta), e ainda pediu para fazermos análises sobre o filme. Já usou aulas para criticar Bolsonaro e outros políticos da direita.
A frase que mais me marcou foi em uma aula que ele estava gritando com raiva de Bolsonaro e falou “Se você gosta do Bolsonaro, você tem que repensar seus gostos”. Disse que não havia desculpa para apoiar um político com discursos de ódio (em referência ao presidente). Na escola, já pararam um dia para “debater” sobre o contingenciamento da educação, ao mesmo tempo criticando Bolsonaro. Alunos usavam camisas de Marx e Guevara diariamente. Quem gostava do presidente (1-2 em salas de 20-25) era reprimido e dificilmente podia mostrar sua opinião.