Relato anônimo recebido em 07/01/2020 pelo email do Escola sem Partido.
No último bimestre de 2019, a professora de português da minha filha, 11 anos, que estava no 7º ano, solicitou que as crianças elencassem 10 medidas positivas do governo Bolsonaro. Imediatamente, identifiquei a intenção de doutrinação e de incutir o posicionamento político partidário pessoal da professora nas crianças. Junto com minha filha, listamos as 10 medidas pedidas. No dia seguinte, a professora surgiu com nova atividade, onde pedia que as crianças respondessem onde está o Queiroz. Novamente, respondemos a pergunta com a isenção necessária. Não satisfeita, no dia seguinte, a professora propôs atividade onde as crianças deveriam dizer qual a imagem do Brasil no exterior. Comuniquei o fato ao diretor, que agendou uma reunião com a professora e um outro, também professor, com as mesmas atitudes. Infelizmente, essa reunião de nada adiantou, pois não há instrumento para impedir que esse tipo de prática seja levada a cabo nas salas de aula. A professora, em sua defesa, citou Paulo Freire (como se fosse referência de eficiência com sua fracassada pedagogia) e artigos da CF. Além disso, disse ter feito a atividade por estar contribuindo para multidisciplinaridade. Restou apenas a revolta de vermos nossos filhos expostos a esse tipo de doutrinação. No meu entendimento, o fato também seria absurdo se fosse direcionado a outros políticos ou partidos.