O autor da denúncia não quis se identificar.
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No período de fevereiro a abril de 2004 fui aluno [da professora Vera Lopes] no pré-vestibular Soma. Após fazer uma segunda reclamação para o diretor da escola, achei melhor sair do cursinho com medo de retaliações na universidade ou boicote durante o vestibular. De certa forma, eu tinha medo de todos os tipos de vingança que poderiam acontecer comigo.
1) Primeira denúncia por escrito à diretoria do colégio Soma: foi recebida com indignação pelo diretor, que imediatamente foi até a sala de aula, interrompeu a aula do prof. de química para dizer “- um aluno desta turma, que não tinha nada pra fazer, resolveu fazer uma reclamação contra um professor”, reclamou da pontualidade de alguns estudantes para entrar na sala depois do intervalo, e então disse “- vamos ficar de olho neste aluno”.
2) Segunda reclamação por escrito para a diretoria do cursinho: fui chamado com urgência para uma conversa de 2 horas na sala da diretoria do Soma. Após me apresentar ao diretor, um pouco irritado com o que estava acontecendo, ele disse “- a filha dela é juíza” (como se fosse uma ameaça) e ficou bajulando aquela senhora “- ela é a melhor professora da nossa instituição de acordo com uma pesquisa feita entre os alunos ano passado). Chamou toda aquela propaganda política-ideológica de debate, em que ela era a única que falava, sem permitir nenhuma manifestação ou opinião discordante. E disse também que ela só estava fazendo o trabalho dela. Era obvio que ele estava tentando defender sua amiga.
Ao invés de fazer uma aula tradicional de português, em que se ensina gramática, ela fazia uma aula de redação. Depois de um discurso de 50 minutos, onde ela discutia sozinha os assuntos que deveriam ser abordados nos textos, os alunos eram induzidos a exprimir apenas os pontos de vista ‘progressistas’ e idéias niilistas que vão contra o bom senso das pessoas normais. Como era ela mesma quem corrigia os trabalhos, após as primeiras redações serem produzidas, foi feito um patrulhamento ideológico. Alguns textos foram usados para exemplificar o que ela considerava como erros que não poderiam ser cometidos: “- tem que deixar explícito na redação que o banco HSBC é uma instituição estrangeira, capitalista, interessada nos lucros”. Como minha redação era imparcial, rotulou meu texto de ingênuo.
3) Prática antiga e habitual: sou ex-aluno do colégio Santo Agostinho, e reencontrei antigos colegas da época que estudava nesta escola no pré-vestibular Soma. Eles foram alunos dela neste colégio e confirmaram que as atitudes dela no Sto. Agostinho eram as mesmas, agindo com naturalidade ano após ano com a cumplicidade de todos aqueles que assistem calados.
A professora Vera Lopes fez no primeiro dia de aula ataques de difamação e calúnia contra o ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso, que já tem uma imagem muito desgastada entre a população. Nos dias seguintes, recomendou aos alunos a leitura do jornal Folha de São Paulo, e chamou os jornalistas do Estado de Minas de elitistas e reacionários. Em outras oportunidades, de forma subversiva, chamou o PSDB de desonesto, interessado apenas em ganhar dinheiro, e o PMDB de racista, usando sua malícia para fazer insinuações pouco convenientes, mas que parecem normais para as mentes mais despreocupadas que não se importam com este tipo de discurso atrevido e sugestionável. Defendeu com fervor o Ministro José Dirceu quando o escândalo Waldomiro tinha acabado de estourar, usando aquela falácia velha e manjada de conspiração da Rede Globo e outros veículos de informação. Incentivou os alunos a participarem de ONG’s, movimentos político-sociais e fez marketing petista.
Com raiva das minhas constantes redações cheias de deboches e ironias, ela disse no microfone para mais de 200 alunos “-Sou a favor do suicídio para aqueles que levam bomba no vestibular!” – era o máximo que eu poderia tolerar. Dois dias depois me matriculei no cursinho Pitágoras, que ficava na mesma rua. Nem mesmo no Pré-UFMG, um cursinho para alunos carentes, onde eu tinha estudado seis meses antes, era feito este tipo de lavagem cerebral. Na minha opinião, sair de lá foi uma decisão que eu deveria ter tomado nas primeiras semanas de aula. Não estava pagando um cursinho mais caro para me sentir ofendido toda vez que era feito um comentário feminista ou a favor do homossexualismo. Muito menos para uma professora arrogante, com diploma da USP, dizer que aqueles que não foram aprovados no vestibular não têm lugar neste mundo. A aula dela era só esse tipo de coisa, deixando de lado o conteúdo da apostila.
Para terminar meu depoimento, gostaria de dizer que é graças a pessoas deste nível que os vestibulares de Belo Horizonte estão entre os mais fáceis do país. Boa sorte a todos os estudantes de São Paulo, do Rio de Janeiro e de outros estados brasileiros que todos os anos roubam as vagas dos cursos mais concorridos da UFMG. E parabéns ao PT por fazer tanta gente de otário. Acho que o plano gramscista deste partido vai ser um enorme sucesso.