Professor humilha aluna por sua religião

“Ele era um professor muito sarcástico e começou a criticar as religiões. Em específico a religião católica. Uma aluna – que era católica – tentou argumentar;  o professor iniciou uma discussão junto com outros alunos, ele humilhou a aluna e incentivou os demais alunos a fazerem o mesmo.”

 

Eu me formei em Psicologia no ano de 2006 pela Universidade Estadual de Maringá.

Os calouros, no primeiro dia de aula, eram abordados por um grupo bem caricato de veteranos que estavam na universidade há anos, com suas tradicionais camisetas do Che.

A semana do calouro tinha uma programação com aulas inaugurais, como por exemplo um tour pelo campus e a apresentação das reivindicações da turma da Psicologia. A programação terminava com uma festa. Ali começava a abordagem extremamente organizada e muitos caiam, e durante o decorrer do curso se transformavam drasticamente. 

Eu tinha vergonha de dizer que fazia Psicologia. Pois nos cursos de exatas éramos conhecidos pelas paralisações constantes que tinham no Restaurante Universitário contra aumento da refeição, das carteiras quebradas em vários protestos, etc. 

De todas os absurdos que vi, o pior foi um professor de Psicanálise no terceiro ano. Estávamos tendo uma aula sobre Freud e religião. Ele era um professor muito sarcástico e começou a criticar as religiões. Em específico a religião católica. Uma aluna – que era católica – tentou argumentar;  o professor iniciou uma discussão junto com outros alunos, ele humilhou a aluna e incentivou os demais alunos a fazerem o mesmo. Ele se virou para turma e disse que ela não poderia e merecia ser Psicóloga. Ela saiu chorando da sala e trancou o curso. Foi de uma crueldade que até hoje não me esqueço.

Deixe um comentário